Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A casa de Adriana da Cunha Cidade, prima do presidente da Assembleia Legislativa (aleam) e candidato à Prefeitura de Manaus, Roberto Cidade (União), localizada no bairro Castanheira, em Parintins, a 369 quilômetros de Manaus, foi utilizada como base para arquitetar interferências nas eleições municipais de 2024.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS teve acesso com exclusividade ao documento que comprova que a residência de alto padrão está no nome de Adriana Cidade.
O local foi utilizado por secretários da alta cúpula da gestão de Wilson Lima e policiais militares para arquitetar ações que influenciem na eleição de Parintins, de acordo com a denúncia do candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag (PSD), realizada no último sábado, 28/9.
Nas redes sociais, Adriana demonstra apoio frequente a Roberto Cidade e frequentemente é vista ao lado dele em eventos partidários.
A reportagem tentou contato com Adriana Cidade, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.
Contratos Milionários
O candidato Roberto Cidade, que recebe apoio do governador Wilson Lima (União Brasil), também é suspeito de se beneficiar dessa mesma estrutura para as eleições. Além disso, seus familiares possuem contratos milionários com o Governo do Amazonas.
A empresa Navegação Cidade LTDA, que pertencia ao deputado até 2018, agora está em nome de seu pai e de um primo. A companhia mantém contratos com o estado há mais de 10 anos e, segundo o portal da transparência, já recebeu R$ 22,2 milhões do Governo do Amazonas.
Denúncia
No vídeo de nove minutos, captado no dia 3 de agosto deste ano, há registros de um conluio entre autoridades e agentes de segurança discutindo ações ilegais, como escutas clandestinas e simulações de prisões, com o intuito de favorecer a candidatura de Brena Dianná (União). A denúncia também expõe um plano orquestrado que inclui operações policiais contra pessoas ligadas ao atual prefeito, Bi Garcia (PSD).
As táticas mencionadas incluem a instalação de grampos telefônicos em opositores e o uso de uma tropa de choque para realizar abordagens seletivas no dia da eleição, com o uso de 28 homens da tropa de choque para abordar os partidários de Mateus Assayag.