Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Percorrer toda a BR-319. Essa é a missão que Luís Cláudio Lula da Silva, 39, filho caçula do presidente Lula, quer fazer para filmar as condições da estrada e mostrar ao pai a necessidade de pavimentação da rodovia que liga Manaus a Porto Velho.
Formado em Educação Física e com cursos de gestão e de marketing esportivo, se tornou conhecido no Brasil ao trabalhar em grandes clubes do futebol. Atualmente, Luís Cláudio é diretor de futebol do RPE Parintins, time que representa as cidades de Parintins e Rio Preto da Eva, no interior do Amazonas.
O filho caçula do presidente mora no município de Rio Preto da Eva, a 57 quilômetros da capital amazonense, acompanhou de perto pelo que passaram as comunidades, durante a maior seca da história dos rios amazonenses em 2023.
Em entrevista a Folha de São Paulo, ele disse já ter conversado com o pai sobre a BR-319 e que o fato do presidente estar cercado de ministros, ele nem sempre acaba sabendo o que está “acontecendo de verdade”.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) afirma que a obra pode provocar mais grilagem em terras públicas e efeitos climáticos irreversíveis. No entante, Luís Cláudio destaca que a BR-319 é imprescindível para a região.
“A BR-319 é a única conexão com o restante do país. É uma obra difícil, mas tem de sair. Meu pai quer saber mais, quer ouvir”, relatou.
Ministério do Meio Ambiente
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, considerada por muitos como a maior opositora quando o assunto é a pavimentação da BR-319. Em visita a Manaus em outubro do ano passado, quando questionada sobre a pavimentação da rodovia, Marina se ‘esquivou’ da responsabilidade quanto às burocracias ambientais que travam a recuperação da estrada.
Leia mais: Marina Silva se ‘esquiva’ de responsabilidade sobre pavimentação da BR-319
Marina Silva ao ser ouvida, no dia 27 de novembro de 2023, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, para esclarecer a respeito de seu envolvimento com Organizações Não Governamentais que atuam na Amazônia, declarou que:
“Não se faz uma estrada de 400 quilômetros no meio de floresta virgem apenas para ‘passear de carro’ se não tiver associada a um projeto produtivo”
Marina Silva, ministra