Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após a aprovação da Reforma da Previdência Municipal, servidores da educação hostilizaram o vereador Eduardo Alfaia (Avante) depois do fim da votação, realizada nesta quarta-feira, 5/11, na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Líder da base do prefeito David Almeida (Avante), Alfaia foi questionado por servidores sobre a aprovação do projeto enquanto concedia entrevistas à imprensa. O vereador se esquivou das perguntas, o que gerou indignação entre os manifestantes.
Durante o episódio, um dos servidores expressou seu descontentamento com a proposta, considerada prejudicial aos trabalhadores. “Na hora de eu aposentar, eu me lasco, né?”, afirmou.
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Outra servidora criticou a falta de diálogo com a categoria antes da tramitação do projeto. “E as audiências públicas para discutir isso? Não houve”, disse.
Em seguida, os servidores presentes passaram a gritar em coro “traíra” em referência ao vereador, que, aparentemente incomodado, deixou o local sem prestar esclarecimentos adicionais.
Votação do projeto
O Projeto de Lei Complementar nº 8/2025, que trata da Reforma da Previdência Municipal, foi aprovado por 30 votos a 10. A proposta, elaborada com base em minuta da consultoria privada Brasilis, altera regras de aposentadoria e pensão dos servidores públicos municipais.
Entre os pontos mais polêmicos estão:
- Aumento da idade mínima para aposentadoria: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres;
- Tempo mínimo de contribuição: 25 anos;
- Professores: mantido o direito de se aposentar cinco anos antes da idade mínima;
- Aposentadoria compulsória: passa a ser aos 75 anos, exigindo maior tempo de serviço público.
As mudanças geraram forte reação de diversas categorias, principalmente da educação, devido à ausência de diálogo com os servidores. Manifestantes acompanharam a votação dentro da Câmara, e a sessão foi marcada por protestos e indignação.
Dos 40 vereadores presentes, 10 votaram contra o projeto, incluindo:
- Raiff Matos (PL)
- Thaisa Lippy (PRD)
- Aldenor Lima (União Brasil)
- Ivo Neto (PMB)
- Rodrigo Guedes (PP)
- Sargento Salazar (PL)
- Capitão Carpê (PL)
- Coronel Rosses (PL)
- Zé Ricardo (PT)
- Amauri Gomes (União Brasil)
Todos os demais parlamentares presentes votaram a favor, enquanto Rosinaldo Bual (PMN) estava ausente devido à prisão.











