Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Inconformados com a decisão da Justiça, que proibiu a greve dos trabalhadores da educação, nesta quarta-feira, 17/5, um grupo de professores decidiu se manisfestar em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Os profissionais da educação reivindicam reajuste de 25% no salário, data-base, auxílio alimentação e plano de saúde para as categorias profissionais. Devido a isso, munidos de cartazes com a palavras “greve”, e para a chamar a atenção dos parlamentares, os trabalhadores protestaram contra a decisão do desembargador Domingos Chalub, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que não permitiu a paralisação e ainda estabeleceu multa diária de R$ 30 mil por dia ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) caso descumpram a ordem judicial.
Para a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, “a Justiça, hoje, marginaliza o ato dos trabalhadores, e não olha que os trabalhadores lutam por melhorias”. Segundo o sindicato, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu em 1º de março, e a data-base de 2022 também está atrasada.
A parada de advertência serviu para que o governador do Estado, Wilson Lima, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade (UB), que estão em Brasília, cumprindo agenda, determinassem que o presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Coed/Aleam), deputado Cabo Maciel (PL), a recebesse os trabalhadores.
O governador Wilson Lima, por telefone, disse que está estudando junto às secretarias de Fazenda e de Educação uma forma de atender o reajuste salarial para os servidores da educação, e que deve marcar uma reunião com os representantes da categoria para chegar a um acordo e um reajuste salarial justo para os profissionais da educação. Contudo, Wilson Lima disse que todos devem “lembrar é o que o país todo enfrenta uma crise econômica”
“O reajuste é esperado, mas o Amazonas enfrenta uma crise de arrecadação. Todos os anos temos o reajuste salarial, que é justo para os profissionais da área da educação. Mas o que devemos lembrar é o que o país todo enfrenta uma crise econômica. Esse mês, o Amazonas teve queda na arrecadação. Estamos trabalhando para que a gente possa fazer o reconhecimento desses profissionais e, dentro da capacidade, cumprir o pagamento da data-base”
Wilson Lima, governador do Amazonas
Além disso, o Sinteam pede reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio-localidade, revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração, e manutenção do plano de saúde e extensão para os aposentados.
Bloqueio da Mário Ypiranga
Durante a parada de advertência, os trabalhadores da educação chegaram a bloquear o trânsito na avenida Mário Ypiranga, em frente à Assembleia Legislativa por diversas vezes. Em um desses momentos, um condutor de um veículo chegou a lançar fogos de artifício (bombinha) de dentro do carro contra os trabalhadores que se manifestavam. Na ocasião, três pessoas foram detidas pela Polícia Militar.
A Sessão Plenária na Assembleia Legislativa foi suspensa e uma comissão do Sinteam entrou na Casa Legislativa. Com isso, foram direcionado a uma sala de reunião para conversar com os deputados.
“Ouvimos os servidores e ficou combinado que será formada uma comissão das entidades para levar as demandas dos profissionais, em uma reunião com a equipe do Governo do Amazonas, nesta quinta-feira”, afirmou o deputado estadual Cabo Maciel (PL), após reunião com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Amazonas (Sinteam) e a Associação dos Servidores Administrativos da Educação (Avamseg).
![cabo maciel](https://www.riosdenoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/05/cabo-maciel.jpeg)
O parlamentar tranquilizou os profissionais da educaçao e prometeu acolher as demandas deles.
“A Comissão reforça o compromisso com a valorização dos profissionais. Ninguém quer as escolas fechadas, e vamos trabalhar para atender essas demandas, buscar o entendimento entre as partes e retomar o quanto antes as atividades nas salas de aula de todo o Amazonas, beneficiando os profissionais da educação e os estudantes”
Cabo Maciel, deputado estadual