Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Você já se deparou com as ilhas de vegetação que surgiram na orla da capital amazonense nos últimos dias? O fenômeno cada vez mais presente no percurso dos rios, após a estiagem histórica, é denominado “canaranas ou capim marreca”. As plantas aquáticas ganharam destaque nos últimos dias, e foram registradas em diversos pontos da orla de Manaus.
O professor de Biologia, André Menezes, explica que o fenômeno pode ser elucidado de maneira simples: “quando os rios secam, o solo fica bastante nutritivo e propício para o desenvolvimento dessa vegetação. Com a cheia, essas espécies de plantas se desprendem e aglomeram próximas às faixas de terra”.
A praia da Ponta Negra, em Manaus, é um exemplo dessa manifestação natural, que ocorre nesse período de cheia. A medida que a correnteza das águas aumenta, essas vegetações vão sendo empurradas e, consequentemente, as ilhas irão se desfazendo no decorrer do trajeto pelos rios.
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“Quando o rio secou, ele expôs o solo que estava altamente nutritivo e criou condições para que essa vegetação se desenvolvesse”, informou André Menezes, que também destacou o fim da vazante e a subida dos rios como responsáveis por esse acontecimento. Segundo o biólogo, “no momento em que as ilhas começam a se desprender do solo, há um sinal de que o pior cenário já passou”.
Nas redes sociais, a repercussão do fenômeno se deu por meio de registro, destacando o deslumbramento da vegetação no rio, ao longo da Ponte Jornalista Phelippe Daou, mais conhecida como Ponte do Rio Negro. A paisagem foi fotografada pelo fotojornalista Chico Batata, que compartilhou em sua rede social.