Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O programa “Amazone-se” da Rádio RIOS FM 95,7 explorou, no sábado, 11/11, a história da Escola de Samba Presidente Vargas, situada na zona Centro-Sul de Manaus. A iniciativa, liderada pela apresentadora Ana Clarissa, busca resgatar a trajetória das escolas de samba da região, destacando personagens marcantes e sua contribuição para a cultura local.
O projeto “Samba na Floresta: o Carnaval de Manaus” tem como propósito narrar a fundação das escolas de samba da capital amazonense por meio de uma série de reportagens veiculadas no programa. A série busca mergulhar na cultura do Estado e do país, explorando a riqueza histórica dessas agremiações.
A apresentadora Ana Clarissa expressou a importância de resgatar a história das escolas de samba de Manaus, destacando o papel que desempenharam no passado, sendo o “farol do carnaval”. A iniciativa visa proporcionar à sociedade manauara e amazonense o conhecimento das histórias dessas agremiações.
Leia também: ‘Amazone-se’ da RIOS FM 95,7 lança série de reportagens sobre história das escolas de samba em Manaus
“Essa é a gravação do segundo episódio da série ‘Samba na Floresta: Carnaval de Manaus’. Ele é muito importante pra gente saber da história das escolas e resgatar algo importante que faz parte da nossa cultura. Então, a Rádio Rios, juntamente com o programa Amazone-se vem trazer algo inédito para toda a sociedade amazonense. E hoje, aqui no bairro Presidente Vargas, antiga Matinha, a gente observa o quanto que eles valorizam a velha guarda. Porque, se a gente sabe da história, precisa valorizar quem é do passado para entender o presente e o futuro.”
Ana Clarissa, apresentadora Amazone-se
Fundada em 1985, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Presidente Vargas também era chamado de “Maternidade do Samba” e “Águia da Matinha”. Iniciou como Bloco de Enredo em 1985 e chegou ao auge em 1990 na então Avenida Djalma Batista, onde eram realizados os desfiles das escolas de samba da capital.
Raimundo Almeida, criador e fundador da escola, compartilhou a jornada da escola desde sua criação como bloco até sua evolução para escola de samba.
Segundo ele, após alguns anos como bloco, a escola de samba foi formalmente estabelecida com a criação do Sambódromo. Desde então, a agremiação tem buscado ascender do grupo de Acesso para o grupo especial.
“Tudo começa com um grupo de amigos e a ideia de ter qualquer coisa que fosse oficial no carnaval de Manaus. Conseguimos criar o bloco Presidente Vargas e passamos cinco anos como bloco. Na criação do Sambódromo de Manaus, a escola se transformou em escola de samba”, relembrou.
Missão de vida
Na busca pelo título do Carnaval de 2024, João Almeida Segundo, vice-presidente da agremiação, destacou a união da comunidade e a dedicação da diretoria para alcançar mais uma vitória. Para este ano, a escola homenageará o tradicional grupo de samba de Manaus, o Couro Velho, e já é considerado um dos melhores da safra do próximo ano.
“Nossa expectativa para o Carnaval de 2024 é a melhor possível. A nossa diretoria e a comunidade toda unida estamos trabalhando em prol desse Carnaval com a esperança de que a gente alcance mais um título para a Matinha e as expectativas são as melhores possíveis. O samba enredo escolhido não só foi abraçado pela comunidade como pelo povo do samba em geral”, vibra o vice-presidente.
Nascido no seio da família de fundadores, João Segundo é a nova geração da linhagem e expressou a impossibilidade de viver longe da escola de samba. Sua vida, segundo ele, é dedicada a contribuir em qualquer função, priorizando a participação ativa.
“Eu nasci dentro da Presidente Vargas porque a minha família faz parte do grupo de fundadores da escola de samba. E, realmente, eu não sei viver sem isso. Toda a minha vida está aqui, fazendo o que eu gosto, que é estar ajudando, independente de cargos. O que importa é participar. A gente nasceu no meio da cultura do samba e nossa missão é essa: fazer samba, fazer carnaval”, declarou.
Velha Guarda – Tradição viva
Outro personagem da escola é Márcio de Almeida Moura, que lidera atualmente a velha guarda da escola, preservando a tradição e retomando as raízes da Presidente Vargas. Nascido e criado no bairro da Matinha há 52 anos, ele destaca sua evolução, passando por diferentes cargos na escola, desde diretor de bateria até presidente.
“Quando a escola foi fundada em 1985, eu tinha 14 anos de idade. Foi meu primeiro desfile como bloco. E aí eu vim dessa trajetória, sempre envolvido na escola. Já fui do grupo da bateria, depois passei a diretor. Também já fui diretor de harmonia. Passei por vários segmentos da escola. Hoje comando a velha guarda, que é uma tradição da escola e independe de idade. O critério que nós criamos é de participação”, explicou.
O presidente destacou a importância da velha guarda na escola, onde a tradição é preservada por aqueles que dedicaram anos ao samba. Ele ressalta que, apesar de não serem tão velhos, a participação desde a juventude os torna “velhos” na escola. “A maioria deles, como eu, começaram a se envolver com a escola muito cedo”, destacou.
O primeiro episódio do projeto de videorreportagem “Samba na Floresta: Carnaval de Manaus” vai ao ar no próximo domingo, 19/11, durante o programa Amazone-se, às 18h, na Rádio RIOS FM 95,7.
.