Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Em junho de 2023, o presidente Lula anunciou o Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas), mas a promessa não saiu do papel, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Com investimento de R$ 2 bilhões, financiado pelo Fundo Amazônia e gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Plano liderado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) previa a instalação de 34 bases de segurança, mas até o momento nenhuma foi construída.
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“Construção conjunta” com os nove Estados da Amazônia Legal e “em razão da necessidade da elaboração dos documentos de planejamento” para determinar os locais de implementação foram as justificativas do Ministério da Justiça enviada em nota ao Estadão para a demora da criação das bases de seguranças na região amazônica, somada a isso houve a troca de gestão no Ministério no início do ano, o que seria outro fator que colaborou com atraso.
Amazonas e Pará
Os Estados do Amazonas e Pará tem base própria e realizam operações de combate aos piratas dos rios e narcotraficantes, mas é insuficiente para atender o vasto território amazônico e a alta demanda de uma região onde o narcotráfico atua vorazmente, por isso, a construção das novas bases de segurança, prometida pelo presidente Lula, nos rios da Amazônia seria crucial no fortalecimento do combate contra o crime organizado.


Em entrevista para o Estado de S.Paulo, o secretário da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), coronel Vinícius Almeida, informou que o Amazonas tinha planejamento próprio para instalar as bases de segurança bem antes do anúncio do Amas feito pelo governo federal.
No Pará, o Secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, informou ao Estadão que possui uma base fluvial que funciona 24 horas com equipamentos modernos, além de lanchas próprias.