Redação Rios
MANAUS (AM) – Uma associação criminosa formada por policiais militares, um policial civil e outras pessoas é alvo da Operação “Joeira” por diversos crimes cometidos no interior do Amazonas. A operação foi realizada nesta quarta-feira, 13/11, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MPAM), em Manaus e em Boca do Acre.
Mais de R$ 30.000,00 e diversos bens de luxo em condomínio de alto padrão foram apreendidos em Manaus, além da apreensão de material com características de substância entorpecente.
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A investigação revelou a suspeita de prática de crimes como associação criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, que teriam sido cometidos por agentes públicos usando de suas funções para obter vantagens ilícitas e desviar recursos públicos.
Entre os denunciados, destaca-se um oficial intermediário da Polícia Militar de Boca do Acre e outros membros do efetivo que, segundo as apurações, utilizavam a estrutura pública para práticas criminosas, incluindo o recebimento de “rachadinhas”.
A decisão obtida concede medidas assecuratórias em valores que superam R$ 1.000.000 (um milhão de reais) visando à reparação aos lesados, dentre eles o Estado do Amazonas.
As provas colhidas até o momento reforçam a gravidade das acusações e o impacto das ações dos denunciados na ordem pública e na credibilidade das instituições de segurança.
“O Ministério Público reforça seu compromisso com o combate à corrupção e a integridade das instituições, destacando que as investigações continuarão para assegurar que todos os investigados sejam devidamente responsabilizados e que os danos causados à sociedade sejam reparados”, destacou o órgão.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Sem resposta
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para obter uma posição oficial do órgão quanto sobre a operação contra policiais militares e civil.
Em nota, a SSP-AM reforçou o “trabalho sério realizado pelas forças de segurança do Estado, que não compactuam com comportamentos dos seus agentes que fujam da legalidade e determinou à Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as denúncias”.
A SSP ressalta que “as instituições estão colaborando com as investigações, permanecendo à disposição dos órgãos responsáveis prestar as informações necessárias e caso sejam constatadas práticas delituosas, os responsáveis serão punidos”.
*Com informações da assessoria