Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Em combate a um esquema criminoso de fraudes e lavagem de dinheiro, os influenciadores João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como ‘Lucas Picolé’, e Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, conhecido como ‘Mano Queixo’, foram presos na manhã desta quinta-feira, 29/6, durante a ‘Operação Dracma’ realizada pela Polícia Civil do Amazonas.
Além dos dois, a influenciadora Isabelly Aurora também é alvo da operação e está sendo procurada. Uma parente de Lucas Picolé também foi presa durante a ação policial. Além disso, carros de luxo foram aprendidos pela polícia.
A investigação, que durou cerca de quatro meses, teve inicio após a PC-AM tomar conhecimento de um grupo de influenciadores que utilizava as redes sociais para aplicar golpes.
O esquema consistia em realizar sorteios clandestinos de prêmios, com o dinheiro arrecadado sendo usado para a compra de carros de luxo. Os veículos e motocicletas eram anunciados pelos influenciadores em suas redes sociais, por meio de rifas.
Os ganhadores dessas rifas eram geralmente amigos e conhecidos dos influenciadores, e os carros, após os sorteios, acabavam retornando para eles.
Operação
Durante as buscas, além dos veículos adquiridos com o dinheiro dos golpes, mais de uma tonelada de produtos falsificados e notas que comprovavam a participação de outras pessoas no esquema foram apreendidas na loja de ‘Lucas Picolé’.
Na ação, o suspeito tentou se desfazer de dois aparelhos celulares e das chaves de um dos automóveis de luxo, mas os policiais conseguiram apreendê-los.

No momento da apreensão do carro, foram encontrados entorpecentes no seu interior, incluindo aproximadamente 170 unidades de LSD, munições de fuzil, e uma motocicleta com placa adulterada.
Os envolvidos foram presos em flagrante pelos crimes de receptação qualificada, tráfico de drogas, associação ao tráfico e adulteração de sinal identificador de veículo auto-motor.

As investigação indicam uma ligação com influenciador nacionalmente conhecido como ‘Buzeira’, que também foi alvo de operações da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo.

O delegado responsável pela operação, Cicero Tulio, alertou que qualquer tipo de sorteio deve ser conduzido por uma empresa devidamente autorizada pelo Ministério da Economia. Ainda segundo ele, a o esquema fraudulento levantou cerca de R$ 5 milhões para os influenciadores.
“Sempre suspeitem quando não há informações claras, especialmente nas redes sociais, sobre a venda dessas rifas que, em geral, são clandestinas e ilícitas. A pessoa pode acabar sendo vítima de um golpe e, inadvertidamente, financiar uma organização criminosa que atua em outros esquemas”, advertiu o delegado.