Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma mulher denunciou nas redes sociais descaso e deboche de médicos na Maternidade Instituto da Mulher Dona Lindu, em Manaus, antes da morte de sua neta, que se chamaria Aurora Beatriz.
Segundo Thalita Araújo, mãe de Tamiris Araújo, a paciente chegou à unidade na noite de sexta-feira, 24/10, com contrações e gravidez de risco. Inicialmente, o atendimento foi rápido, mas logo se transformou em horas de espera e omissão.
A médica que a avaliou primeiro informou que Tamiris, com 4 centímetros de dilatação, ainda não poderia ser internada. Ao retornar para nova avaliação, foi atendida por outra profissional, descrita por Thalita como estressada e pouco atenciosa. Mesmo com sangramento e aumento das contrações, a equipe negou a possibilidade de cesariana.
“Agora sua filha é prioridade da unidade?”, teria questionado um médico ao ser procurado, segundo Thalita. A paciente continuou esperando, até decidir ir para outra maternidade.
Leia também: ‘Vítimas do descaso’: Professora Maria do Carmo fala da insegurança em Manaus e no Amazonas
Por volta das 5h30, Tamiris foi finalmente internada, mas, de acordo com relatos, o coração da bebê já apresentava sinais de risco, sendo constatado que a criança não resistiu por volta das 8h30. “Quando fizeram o exame, o coração já não batia mais”, revelou Thalita. A bebê foi sepultada no domingo, 26.
“Se tivessem feito a cesariana, nada disso teria acontecido. Todos sabiam que a gravidez da minha filha era de risco”, desabafou a mulher.
Repercussão do caso
A denúncia causou comoção nas redes sociais, com outros relatos de pacientes que afirmam ter passado por situações semelhantes na unidade. “Pra minha sorte, apareceu um médico com uma maca”, contou uma internauta.
Em um outro comentário, uma mulher afirmou que passou pela mesma situação em uma outra maternidade de Manaus e que só foi atendida após sua mãe brigar com os responsáveis a atendê-la. “Meu filho nasceu todo roxinho e sem oxigênio”, destaca.
Posicionamento
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS procurou a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) para esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.











