Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Um grupo de professores da rede pública estadual do Amazonas não acatou a determinação do desembargador Domingos Chalub, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que não permitiu a paralisação, e seguiu, nesta quinta-feira, 18/5, com a paralização em Manaus e algumas cidades do interior do Amazonas.
Na quarta-feira, 17, o presidente da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa do Amazonas (Coed/Aleam), deputado Cabo Maciel (PL), e demais parlamentares, receberam os profissionais, que realizavam uma manifestação pacífica em frente à Assembleia Legislativa, na avenida Mário Ypiranga, zona Centro-Sul da capital.
Na ocasião, o deputado assegurou que tão logo o governador do Estado, Wilson Lima, retorne a Manaus, irá agendar uma reunião com os representantes dos profissionais de educação para discurtir sobre as reinvindicações da classe. Segundo o sindicato, os profissionais reivindicam reajuste de 25% no salário, data-base, auxílio alimentação e plano de saúde para a categoria que também alega que a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu em 1º de março, e a data-base de 2022 também está atrasada.
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Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) disse que 38 municípios do Amazonas aderiram à greve, e que aguardam um posicionamento do Governo do Estado.
Além da capital, Parintins, distante cerca de 372 Km da capital, os professores também realizaram uma carreata na manhã desta quinta-feira. O grupo percorreu as vias onde estão situadas as escolas estaduais Gentil Belém e Brandão de Amorim. Em seguida, os manifestantes seguiram em direção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade. Passado algumas horas de protesto, o grupo se dirigiu para frente da Igreja Sagrado Coração de Jesus, na Zona Oeste da cidade, com intuito de chamar a atenção das autoridades.
“A luta é por uma causa justa, a nossa valorização do salário, nós não queremos aumento, nós queremos reposição inflacionária de 2022 e 2023. Nosso salário está defasado, vamos seguir na luta”, declarou um professor, que se identificou como Andrade.
Em Manacapuru, região metropolitana de Manaus, o protesto dos professores também seguiu nas três escolas, que paralisaram 100% das atividades.
Segundo os profissionais, que estão sendo orientados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), a rede pública estadual deve seguir em greve por tempo indeterminado no Amazonas. Com a paralisação, parte dos alunos da rede estadual ficou sem aulas.
Em nota, o Sinteam informou que:
A reunião com o Governo acabou agora.
A contraproposta deles era a suspensão da greve até a próxima reunião de negociação, sem apresentar nenhum percentual.Após pressão, eles disseram que podem iniciar a negociação oferecendo 8%, podendo melhorar o percentual até a próxima quinta-feira, data acertada para a próxima rodada de negociação.
Como funciona a partir de agora?
A greve continua. Na próxima segunda-feira, 22, haverá assembleia do Sinteam para apresentar oficialmente à categoria a contraproposta do governo.