Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Amazon Best, empresa responsável pela venda oficial dos ingressos do Festival Folclórico de Parintins, contestou os cálculos divulgados pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), que pediu à Justiça a suspensão imediata das vendas marcadas para esta sexta-feira, 7/11.
Segundo o Ministério Público, os reajustes para a edição de 2026 ultrapassam 200% em alguns setores, o que configuraria prática abusiva, conforme prevê o art. 39, inciso 2 do código de defesa do consumidor.


No entanto, em nota divulgada nesta quarta-feira, 5/11, a Amazon Best afirmou que “não há qualquer aumento nos percentuais citados” pelo MP e que a variação real “não ultrapassa, em nenhum caso, os patamares de 15%”.
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A empresa argumenta que a planilha usada pelo órgão “não reflete os preços oficiais vigentes” e que “existem diferenças técnicas entre os setores comparados, como arquibancada central, especial e cadeiras, o que distorce os cálculos quando tabelas não equivalentes são confrontadas”.
No relatório técnico anexado à nota, a Amazon Best apresentou dados indicando aumento de 10% a 13% nos passaportes, conforme o tipo de assento, e até redução de até 16,6% em alguns ingressos avulsos. A empresa afirmou que os preços seguem a política de 60% de entradas inteiras e 40% de meias, conforme determina lei federal.

Já o MP manteve o pedido de liminar, alegando que os reajustes “carecem de justificativa transparente e razoável” e que o início das vendas “pode causar prejuízo coletivo”. “Queremos apenas que a empresa comprove os critérios econômicos que levaram aos aumentos”, reforçou a promotora de Justiça Sheyla Andrade.
Confira a decisão do MP
Respostas
A Amazon Best respondeu que respeita o papel institucional do MP e está “à disposição para o diálogo técnico e o fornecimento de documentos necessários para o esclarecimento integral do tema”. Ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a empresa ressaltou que “espera a desistência da ação pelo MP e que um diálogo direto seja aberto.”
A reportagem também procurou o Ministério Público do Amazonas (MPAM) para responder à contestação feita pela Amazon Best, e esclarecer o cálculo que aponta o aumento de 200%, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.











