Redação Rios
GAZA – Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas comoventes da população da Faixa de Gaza em busca de donativos, alimentos e itens básicos de sobrevivência, em meio ao cenário de destruição deixado por dois anos de conflito entre Israel e o Hamas. As imagens ganharam força após o anúncio de um cessar-fogo, firmado entre as partes no início desta semana.
Nas gravações, é possível ver homens, mulheres e crianças revirando escombros, caminhando entre ruínas de edifícios e formando filas em pontos de distribuição de mantimentos. Muitas famílias aparecem carregando sacolas, galões de água e cestas básicas — doações enviadas por organizações humanitárias internacionais e países árabes vizinhos.
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Segundo agências da ONU, cerca de 80% da população de Gaza depende atualmente de ajuda humanitária para sobreviver. O abastecimento de água potável, alimentos, medicamentos e energia elétrica segue limitado, mesmo após o cessar das hostilidades.
Cessar-fogo e desafios humanitários
O cessar-fogo foi anunciado como parte de uma trégua negociada com apoio de mediadores internacionais, após intensos combates que deixaram milhares de mortos, feridos e deslocados, especialmente entre a população civil palestina.
Apesar da interrupção dos bombardeios, a situação humanitária em Gaza continua crítica. Grande parte da infraestrutura urbana foi destruída, incluindo escolas, hospitais, redes de água e eletricidade. A reconstrução deve levar anos, segundo especialistas em ajuda humanitária.
Apelos por solidariedade
Organizações como Crescente Vermelho, UNRWA (Agência da ONU para Refugiados Palestinos) e Cruz Vermelha Internacional têm reforçado os apelos à comunidade internacional para ampliar o envio de ajuda emergencial. Nas redes sociais, usuários de diversas partes do mundo compartilham os vídeos como forma de sensibilizar a opinião pública e pressionar governos a agir.
A ONU alerta que, sem um corredor humanitário seguro e contínuo, milhares de pessoas continuam em risco, mesmo em tempos de cessar-fogo. “A paz não é apenas o fim dos combates, mas também a reconstrução da dignidade humana”, declarou uma representante da ONU para assuntos humanitários.











