Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Na manhã desta quarta-feira, 8/5, o vereador Elissandro Amorim Bessa (PSB), se manifestou sobre a falta de políticas públicas eficazes para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), porém, ao cobrar a Prefeitura de Manaus, o político utilizou o termo “epidemia” ao se referir ao TEA.
“Quem anda na cidade de Manaus, sabe que nós temos uma ‘epidemia‘ de TEA. Todos praticamente tem uma pessoa ou tem um membro familiar que tenha esse transtorno. E a prefeitura de Manaus não tem uma política pública para isso. Não existe! Sabe qual é a política pública? A mamãezinha leva a criança lá na escola e a direção diz eu não posso colocar essa criança aqui porque ela não tem um laudo. E a mamãe sai, muitas das vezes sem o dinheiro do transporte, sem ter como alimentar essa criança atrás de um profissional para ter um laudo.”
Elissandro Amorim Bessa, vereador
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A declaração do parlamentar, no entanto, não foi bem aceita pelos internautas que assistiram o trecho do seu pronunciamento em sessão plenária da Casa Municipal Legislativa. Isso porque o uso do termo “epidemia” para descrever o Transtorno do Espectro Autista é considerado inadequado por especialistas, pois o TEA não é uma doença contagiosa, e sim uma alteração neurológica.
Ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, o vereador Bessa se desculpou e admitiu ter errado no uso da palavra epidemia – quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, mas se referindo ao autismo. “As pessoas estão interpretando isso de maneira negativa. Mas realmente, eu errei. A gente tem que admitir quando acerta e quando erra. Foi um erro. Eu coloquei uma palavra errada“, reconheceu.
“Vou aproveitar na Câmara, quando voltar na segunda-feira, 13/5, para falar justamente sobre isso e me retratar. Irei pedir desculpa das pessoas que se sentiram ofendidas“, esclareceu o parlamentar.