Lauris Rocha – Rios de Noticias
MANAUS (AM) – Nesta sexta-feira, 29/3, é o dia em que se comemora a Paixão e a morte de Jesus Cristo na cruz, um evento central na fé cristã. Este é um momento em que as igrejas permanecem silenciosas, não há celebração da Eucaristia.
O foco está na contemplação do sacrifício de Jesus e no seu amor pela humanidade. Os católicos observam a Sexta-feira Santa com jejum e abstinência, participando em liturgias especiais que incluem a Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e a Comunhão.
É um momento para refletir sobre o sofrimento de Cristo e o significado de seu sacrifício, bem como para meditar sobre a própria vida e fé. A adoração da Cruz é um aspecto central da liturgia desta data, simbolizando a humildade e a coparticipação no sofrimento de Cristo.
Via-Sacra
A Sexta-Feira da Paixão é um momento muito expressivo, pois é marcada pela procissão da Via-Sacra de Cristo pelas ruas. Os fieis acompanharam as 15 paradas para refletir cada estação da via dolorosa de Cristo. Segundo Dom Leonardo, Jesus nos dá esperança com sua morte que nos deu vida em abundância .
“A morte e a vida, a vida e a morte. É Jesus dando sentido à morte e dizendo da plenitude da vida pela sua ressurreição. Existe uma expressão muito bonita de Papa Francisco que diz: ‘Cristo nos conquistou o direito à esperança’.”
Relembra Dom Leonardo.
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O administrador Paulo França, esteve na celebração da Área Missionária Menino Jesus, bairro do Crespo, na zona Sul de Manaus, e para ele, esse é um momento de profunda reflexão do sacrifício de Jesus por nós.
“Para nós católicos, a Sexta-feira Santa é o momento em que nós, cristãos, nos recolhemos para refletir. Nos preparamos para esse momento de penitência, para que a gente possa rever todas as nossas condutas. É um momento de oração, fazendo lembrança à paixão de Cristo. É onde nos traz a memória desse sacrifício de Jesus em prol de todos, a fim de nos libertar do pecado. Através da Via-Sacra vivenciamos todas as estações agonizantes que Jesus passou desde a sua condenação, da sua prisão até chegar a sua morte.”
Disse o administrador, Paulo França.
Segundo Paulo, as estações lembram os momentos vivenciados por Jesus até ser sepultado. “Vamos orando e jejuando, como ato de penitência para que a gente possa se preparar até a Vigília Pascal, onde acontece a celebração da Páscoa. Então, a Sexta-feira Santa, é mais que um feriado religioso, ela simboliza tudo isso”, concluiu.
Em entrevista para o Portal RIOS DE NOTÍCIAS, o padre Amarildo Luciano, missionário redentorista e reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida, explicou que a ‘Sexta-Feira da Paixão’ celebra a memória da Paixão de Cristo na Cruz.
“Acreditamos que é pelo sacrifico de Jesus na cruz que somos salvos, porque Ele pagou o preço da nossa salvação. Nesse dia escutamos a leitura da Paixão e beijamos a cruz, como sinal de reverência ao sinal perpétuo do amor de Cristo por nós.”
Clamou o padre.
O missionário redentorista fez questão de lembrar de uma passagem bíblica muito significativa, a qual diz: “Nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1,23,24).
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O lava-pés
Outra cerimônia da igreja católica é a missa do lava-pés. De acordo com o padre Amarildo, é a memória do serviço de Jesus pela humanidade.
“Segundo o Evangelho de São João (Jo, 13,1-15), depois da última ceia, Jesus levantou-se e lavou os pés dos discípulos e assim nos ensinou que quem celebra a eucaristia, a Ceia do Senhor, deve tornar-se um servidor. Ele disse que nos deu o exemplo para que nós, seus seguidores, façamos como ele fez. Assim, o lava-pés nos recorda o valor do serviço ao próximo”, explicou o servo de Deus.