Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Linkin Park retornou para a alegria dos fãs e vem com muitas novidades. Na nova formação da banda, Emily Armstrong assume a posição de vocalista ocupada antes por Chester Bennington que morreu em 2017, aos 41 anos.
O anúncio foi feito na última quinta-feira, 5/9, durante uma live. A volta do grupo conta com um novo álbum, uma nova turnê e a chegada do baterista Colin Brittain, que causou alvoroço nas redes sociais.
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O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrevistou vocalistas de bandas de Rock autorais de Manaus, além de fãs do Linkin Park para saber o que acham do protagonismo de Emily Armstrong, em um universo musical predominantemente masculino.
“Não vamos ser hipócritas, o Chester tinha uma voz estridente, ele colocava sentimento na música, era uma dramatização. Ela canta bem, tem talento, é uma conquista feminina ser chamada por uma banda como Linkin Park, mas ela tem que incorporar mais atitude e o sentimento porque a banda era o Chester. É maravilhoso ela ser chamada e tem que realmente vestir a camisa para não deixar morrer o legado Linkin Park”, destacou Mônica Paz, de 41 anos, vocalista da ‘Solymon’.
Sandro Nine, produtor cultural homenageado no mês de agosto, no Congresso Nacional, em um momento histórico para os roqueiros do Amazonas e de outros estados da região Norte do país, também opinou sobre o empoderamento feminino mundial no Rock através de Emily Armstrong.
“Vai acrescentar muito porque ela é uma guitarrista também e com certeza compositora, ela fazia parte de uma banda que já tem EP’s lançados e vai somar muito ao Linkin Park. Ela já chega chutando tudo, metendo o pé na porta, fazendo parte das composições da banda, isso é muito importante, são essas atitudes de uma mulher empoderada que não deixam o rock ‘n’ roll morrer”, disse Nine, vocalista da Nicotines.
O escritor amazonense, Maicol Barbosa Brito (Aritana) acompanha o Linkin Park desde a adolescência e amou a novidade.
“Seria inocência demais achar que o Linkin Park ia voltar com a mesma pegada de antigamente porque quando o Chester era vocalista a banda sempre estava se reinventando, se a ideia era mostrar uma nova fase, trazer uma nova pegada com uma vocal diferente eles acertaram em cheio” , opinou o fã da banda.
“Chester Bennington está imortalizado, porém, é preciso olhar para frente e assim teve que fazer o Link Park. Emily Armstrong possui portfólio robusto que deram a ela a bagagem para fazer parte da banda. Com um registro vocálico ímpar, timbre forte, dosando perfeitamente na impostação da voz, Emily permite aos fãs sonhar com as grandes apresentações já realizadas pela banda. ‘No Fim’, Linkin Park entra novamente na cena e Chester, no céu, deve estar sorrindo pensando ‘nunca imaginei, mas adorei'”, observou Railson Rocha, vocalista da Suffragium
Emily Armstrong
Nascida em Los Angeles (Estados Unidos), Emily começou a se interessar por música aos 11 anos. E a partir dos 15, ela passou a se dividir entre compor, cantar e tocar instrumentos. Para se dedicar exclusivamente a música, chegando a largar o colégio.
Em 2002, a cantora fundou a Epiphany – primeiro nome dado ao grupo hoje chamado Dead Sara. Desde então, a banda lançou quatro álbuns e três EPs.
Entre as faixas lançadas pelo trio estão “Weatherman”, “Mona Lisa”, “Heroes” e uma versão de “Heart-Shaped Box”, do Nirvana. A releitura dessa música fez sucesso e acabou rendendo aos artistas um convite para uma parceria com Courtney Love (cantora e viúva do Kurt Cobain, frontman do Nirvana).
Courtney também convidou Emily para cantar ao seu lado no álbum “Nobody’s Daughter”, do Hole.