Gabriel Lopes – Rios de Notícias
TABATINGA (AM) – O Rio Solimões atingiu a maior seca da história já registrada na cidade de Tabatinga, a 1.106 quilômetros de Manaus. Nesta sexta-feira, 30/8, o afluente chegou a marca de -0,94 centímetros.
O rio de águas barrentas já ultrapassou a seca recorde de outubro de 2010, quando registrou -0,86 centímetros em Tabatinga. Somente nos últimos sete dias, de acordo com o Painel do Clima do Amazonas, o afluente desceu em média 14 centímetros por dia.
O riosdenoticias.com.br acompanha os dados do Painel do Clima do Amazonas, que disponibiliza informações em tempo real das cotas diárias, com registros históricos de mínimas e máximas dos rios do estado, por meio de monitoramento hidrometeorológico.
Madeira, Purus e Juruá
Em Humaitá, o Rio Madeira também segue em tendência de descida, registrando nível crítico de vazante. No município, o afluente mediu 9,23 metros nessa quarta, 28, estando a apenas 1,13 metro para chegar ao menor índice já registrado na seca severa de 2023.
No Rio Juruá, o município de Envira também está em nível crítico de vazante. Nessa quinta-feira, 29, o Rio Juruá media 2,08 metros, com média diária de redução acelerada. O afluente está a 0,98 centímetros da marca histórica de 1,10 metro, de 1998.
Em Boca do Acre, o Rio Purus está a apenas 0,38 centímetros de atingir a média histórica de 1998. A estiagem no município também está em estado crítico e o Rio Purus atingiu nessa quarta, 28, a marca de 3,87 metros. Apesar da situação, o afluente segue com média diária de redução baixa.
Rio Negro
Em Manaus, o Rio Negro chegou aos 20,27 metros após descer mais 26 centímetros nesta sexta-feira, 30. Desde o início da vazante, em junho deste ano, o afluente já baixou 6,58 metros na capital amazonense.
Apesar do ritmo acelerado de descida, o Rio Negro ainda passa pelo período de transição para os níveis mais críticos de vazante, com média diária de redução de 24 centímetros. A marca histórica de 12,70 foi atingida em outubro de 2023.