Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Com as redes sociais exercendo forte influência sobre decisões políticas e o comportamento do eleitor, especialmente entre os jovens, a política passa por uma transformação na era digital.
“As redes sociais não são mais opcionais; considero-as ferramentas estratégicas e fundamentais para quem busca poder e quer impulsionar uma campanha, mesmo que as formas tradicionais de atuação política ainda sejam relevantes”, destacou o cientista político Luís Carlos Marques, em entrevista ao Rios de Notícias.
Segundo Marques, a atuação de pré-candidatos nas redes sociais é legítima e legal, desde que não haja pedido explícito de voto.
“Em um ano como este, é comum que futuros candidatos busquem maneiras de se aproximar do eleitorado. Desde que não haja pedido direto de voto, a legislação não proíbe que pré-candidatos se expressem ou utilizem as redes sociais como parte de suas atividades públicas. Pelo contrário, este é o momento oportuno para que exponham com clareza suas opiniões e ideias. Portanto, no meu entendimento, não há ilegalidade nesse tipo de atuação”, explicou.

O cientista político reforçou que o engajamento nas redes sociais representa um espaço legítimo de liberdade de expressão política e de divulgação de ideias. “Considerar essa conduta uma infração faria com que a maioria dos possíveis candidatos estivesse fora da lei”, completou.
A conquista do poder
Marques destaca que a política está intrinsecamente ligada à conquista do poder e que, nesse contexto, toda estratégia de visibilidade e engajamento é válida na construção de uma candidatura, desde que respeite os limites do Código Eleitoral.
“A lei autoriza filiados a partidos políticos a participar de debates, entrevistas e programas em diversos meios, rádio, TV, internet, para expor seu programa político. Entendo isso como uma extensão da permissão para se manifestar, contanto que não haja solicitação direta de voto”, afirmou.
Para o especialista, a pré-campanha nas redes sociais é uma etapa legítima e estratégica da política moderna, sendo um espaço válido para a exposição de ideias e a construção de candidaturas, desde que se respeite a proibição de pedir votos explicitamente.











