Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após o atentado realizado em uma escola de Manaus, órgãos de ensino e segurança se mobilizaram para desenvolver medidas de prevenção e combate à violência em ambiente escolar. Dentre as medidas está a realização de programas socioemocionais.
Para presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado do Amazonas (Sinepe-AM), a atenção dos pais e a promoção de programas socioemocionais podem reduzir esse tipo de violência.
“É importante as famílias estarem atentas aos indícios. Ver o que essas crianças e adolescentes estão assistindo e fazendo. Dar atenção e acompanhar, porque se a família fizer a parte dela e a escola promover programas socioemocionais contra o bullying vai diminuir bastante”
Laura Cristina, presidente do Sinepe
O sindicato também recomendou que as escolas comprem o detector de metais e evitem o fluxo de pessoas estranhas. Outro procedimento é a promoção de programas socioemocionais contra o bullying e ciberbullying.
A longo prazo, a presidente do Sinepe destacou a importância da criação de protocolos de segurança escolar. “Ele vai ser o nosso princípio. A partir dele vamos trabalhar a nossa rotina”.

Ao portal RIOS DE NOTÍCIAS, Laura Cristina afirmou que as escolas associadas ao Sinepe já foram orientadas, na segunda-feira, 10/4, sobre a realização de primeiras orientações para garantir mais segurança dos alunos e professores.
“É importante que as escolas peçam autorização para revistar as mochilas, que entrem em contato com os pais, no sentido de que os pais sejam corresponsáveis para que façam essa vistoria e olhem a mochila dos alunos”, declarou a presidente.
Medidas
Uma das ações foi a criação do Núcleo de Inteligência e Segurança Escolar (NISE) pelo Governo do Amazonas, o qual alinhará resoluções com o Sinepe-AM.
Além da implantação do NISE, foi anunciada a criação do Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar para coibir ataques em escolas da rede pública nos municípios e na capital do Amazonas.
Os trabalhos do Comitê de Segurança vão se basear no ‘Plano de Ações Integradas para a segurança nas Escolas’, produzido pelo governo. O plano também vai alinhar ações juntamente com a população, com órgãos municipais e redes privadas de ensino.
A Prefeitura de Manaus realizou reunião com diversas secretarias para a criação de medidas que contenham a violência nas escolas da capital. As medidas incluem o treinamento de 350 agente de portaria (AGP), o uso de monitoramento de câmeras de segurança nas redes de ensino e rondas nas escolas.
Aumento de Casos
Poucos menos de duas semanas antes do ataque cometido por uma criança de 12 anos dentro de uma sala de aula no bairro Cachoeirinha, Zona Sul de Manaus, estudantes e professores de outra escola estadual da capital amazonense receberam ameaças.
O atentado faz parte do número crescente de casos de violência em espaço escolar no Brasil. De acordo com os dados do Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), desde 2002 foram registrados 22 ataques em escolas, dos quais 10 deles ocorreram nos últimos 13 meses.