Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Adriana Cidade, prima do candidato a Prefeito de Manaus, Roberto Cidade (União Brasil), deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) após membros da alta cúpula do Governo do Amazonas e policiais militares terem realizado uma reunião na casa dela, em Parintins, a fim de interferir no processo eleitoral do município.
A residência de alto padrão, conforme revelou com exclusividade o Portal RIOS DE NOTÍCIAS após ter acesso ao título definitivo, está registrada no nome de Adriana Cidade, e foi utilizada como base para arquitetar interferências nas eleições municipais de 2024.
Durante a Operação Tupinambarana Liberta, a Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira, 3/10, cinco mandados de busca e apreensão contra ex-secretários, ex-diretor de estatal e oficiais da Polícia Militar do Amazonas, em condomínios de luxo em Manaus.
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As buscas ocorrem nos endereços dos secretários exonerados Fabrício Rogério, ex-secretário de Estado de Administração; Marcos Apolo Muniz, ex-secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa; e Armando Silva do Valle, ex-diretor presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).
Segundo informações veiculadas pela Rede Amazônica, Adriana da Cidade, que é casada com o titular da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) do governo Wilson Lima, Wanderley Alvino, também é investigada pela operação e deve prestar depoimento na sede da PF.
Além dos secretários e da prima de Cidade, o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos, que ocupava o cargo de Comandante das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins, que atuava na Companhia de Operações Especiais (COE), foram afastados dos seus cargos e realocados para funções administrativas enquanto as investigações ocorrem.
Denúncia
No vídeo de nove minutos, captado no dia 3 de agosto deste ano, há registros de um conluio entre autoridades e agentes de segurança discutindo ações ilegais, como escutas clandestinas e simulações de prisões, com o intuito de favorecer a candidatura de Brena Dianná (União).
As táticas mencionadas incluem a instalação de grampos telefônicos em opositores e o uso de uma tropa de choque para realizar abordagens seletivas no dia da eleição, com o uso de 28 homens da tropa de choque para abordar os partidários do candidato Mateus Assayag (PSD).