Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) apresentou uma denúncia nesta terça-feira, 5/3, contra o influenciador digital João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”, e sua cunhada Flávia Ketlen da Silva, ambos acusados de receptação qualificada. Caso o influencer seja condenado, poderá enfrentar oito anos de prisão.
Os dois foram presos em junho do ano passado, sob suspeita de envolvimento em organização criminosa que fraudava a venda de rifas pela internet. Lucas e Flávia chegaram a serem soltos, mas Picolé retornou a prisão no início do ano, depois de descumprir medidas judiciais.
A Justiça do Amazonas, na última quinta-feira, 1º/3, considerou o pedido do órgão para tornar Picolé e Flávia réus, no entanto, foi concedido um prazo de dez dias para manifestação da defesa. A decisão foi assinada pela juíza de Direito Aline Kelly Ribeiro Marcovicz Lins, da 4ª Vara Criminal de Manaus.
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As investigações da Polícia Civil apontaram que o influencer era proprietário de uma loja especializada na venda de roupas e artigos de marcas de grifes falsificadas. Quem recebia o dinheiro na época, era Flávia, cunhada de Lucas.
De acordo com o promotor e autor da denúncia, Carlos Fábio Braga Monteiro, Lucas Picolé era proprietário da loja ‘Lucca Conceito‘, de onde Flávia, por sua vez, era a administradora. A referida loja vendia produtos falsificados e não fornecia nota fiscal aos compradores, informou a autoridade.
“A receptação qualificada era praticada por ambos ao terem depósito, vender, expor à venda, objetos similares aos originais violando os direitos de propriedade industrial, ou seja, produtos falsificados e, portanto, de origem ilícita”, ressaltou o promotor.
O processo por receptação qualificada envolvendo João Lucas da Silva Alves e Flávia Ketlen da Silva, transcorre na 4ª Vara Criminal, onde Picolé e outros influencers, como Mano Queixo e Isabelle Aurora, também respondem criminalmente pela fraude das rifas.
Leia a decisão na íntegra: