Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A gestão do prefeito David Almeida (Avante) está sob investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) por suspeitas de irregularidades em placas de obras públicas que exibem menções a senadores e pré-candidatos, como Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB).
As peças publicitárias, espalhadas por diversos pontos de Manaus, podem violar os princípios de impessoalidade e moralidade administrativa, segundo o MP.
O Ministério Público aponta que a gestão de David Almeida (Avante) descumpriu a Recomendação Ministerial nº 0002/2025/79PJ, que determinava a retirada imediata ou cobertura das referências personalistas nas placas. Diante da omissão, o órgão também decidiu pela uma Ação Civil Pública com urgência.
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Conforme o promotor Hilton Serra Viana, responsável pela ação, a prática pode ferir os princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade administrativa, uma vez que a publicidade oficial deve ter caráter apenas educativo, informativo ou de orientação social — sem promover autoridades ou servidores públicos.
A investigação está sendo conduzida pela 79ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público (Prodeppp) e foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPAM desta quarta-feira, 15/10. A abertura do inquérito acontece após denúncias serem enviadas ao órgão, que agora irá apurar a conduta dos agentes públicos envolvidos.

As placas que mencionam os atuais aliados de David Almeida estão espalhadas em vários pontos da capital amazonense. Os outdoors destacam que as obras estão sendo realizadas pela administração municipal, com emendas de determinado parlamentar. Tais recurso são liberados do orçamento pelo governo federal.
Entre os exemplos apontados estão placas de obras na avenida do Turismo e na rua Hélio Leão, que exibem os nomes dos senadores ao lado de logotipos da Prefeitura, Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), Caixa Econômica Federal e governo federal.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS solicitou um posicionamento oficial da Prefeitura de Manaus sobre o inquérito do MPAM e aguarda resposta. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.











