Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira, 28/9, Mario Pascoal de Brito Romano, sob a suspeita de ter aplicado golpes ao se passar por um funcionário do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). O prejuízo causado alcançou a marca de R$ 1,5 milhão ao longo de seis meses. Mais de 10 Boletins de Ocorrência (BOs) foram registrados, todos indicando a prática de estelionato.
A operação resultou na prisão do acusado em sua residência, situada em um condomínio de luxo na avenida Coronel Teixeira, bairro Ponta Negra, zona Centro-Oeste da cidade.
O suspeito se passava por servidor do Tribunal de Justiça, e usava o próprio filho para ganhar a confiança das vítimas. Desse modo, Mario direcionava seus golpes principalmente a médicos e profissionais da saúde.
De acordo com o Delegado Cícero Tulio titular do 1° Distrito Integrado de Polícia (1°DIP), após receber atendimento médico, ele retornava à clínica, oferecendo seus “serviços” como uma forma de agradecimento pelo tratamento recebido. Alegava possuir a capacidade de facilitar a aquisição de veículos sem a necessidade de participação em leilões judiciais.
“Ele falava que tinha interesse em retribuir aquela ação e atuação médica, se passava por funcionário do Tribunal de Justiça e falava que tinha facilidade para que a pessoa pudesse adquirir o veículo sem precisar concorrer ao leilão processual“, disse Cícero.
A investigação está em curso, e não se exclui a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no esquema.
Modus Operandi

Segundo o delegado Cícero Tulio, o suspeito apresentava informações falsas, alegando ter laços de parentesco com juízes e desembargadores, o que persuadia as vítimas a acreditar que ele detinha influência para liberar veículos com restrições judiciais, prestes a serem leiloados, mediante o pagamento de quantias significativas.
“A gente começou a analisar esses boletins de ocorrência e verificamos que ele efetivamente se identificava como servidor do Tribunal de Justiça, inclusive relatando que tinha parentesco com os juízes e desembargadores, fazendo com que as vítimas acreditassem que ele tinha influência para liberar veículos com restrições judiciais que estariam prestes a ser leiloados sob a troca de grandes quantias”, disse Cícero.
A promessa era de que, após o pagamento, as vítimas receberiam os veículos sem precisar participar dos leilões conduzidos pelo sistema judiciário.
O acusado será indiciado pelas práticas de estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documento particular. Mario foi encaminhado a uma audiência de custódia, ficando à disposição da justiça para responder por seus atos.
Alerta

O Diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, Alessandro Albino, alerta a sociedade sobre a importância de ter atenção e desconfiar de situações suspeitas, aproveitando a tecnologia disponível na internet para pesquisa e verificação de informações.
“Serve de alerta para a sociedade sempre desconfiar, a gente tem que estar sempre vigilantes. Hoje nós temos a internet ao nosso favor, para estar sempre pesquisando e sempre atentos”, disse Albino.