Patrick Júnior – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Os Estados Unidos negam ter oferecido anistia ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como foi assegurado no último domingo, 11/8, pelo “The Wall Street Journal”.
De acordo com o veículo de comunicação, a administração de Biden ofereceu anistia para que Maduro deixasse o poder, após as eleições na Venezuela que elegeram ele sem apresentar provas.
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Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, isso não é real. “Desde as eleições, nós não fizemos nenhuma oferta específica de anistia a Maduro ou a outros políticos. Não fizemos esse tipo de oferta a ele”, afirmou Karine Jean-Pierre, nesta segunda-feira, 12.
Ainda conforme o “The Wall Street Journal”, a oferta de anistia incluiria garantias de que o país não perseguirá Maduro caso ele reconheça a vitória da oposição nas eleições venezuelanas de 28 de julho.
Os Estados Unidos apresentaram acusações criminais por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro contra Maduro em 2020, e estabeleceram uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levassem à sua captura. O presidente venezuelano negou as acusações.
Caso a negociação para que Maduro deixasse o poder acontecesse, segundo o jornal, Washington cancelaria a recompensa.
O Conselho Nacional Eleitoral proclamou vencedor Nicolas Maduro, mas ainda não publicou os resultados separados por centro e posto de votação que apoiam o anúncio.
O vice-porta voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, ressaltou que nenhuma oferta de anistia foi feita à Maduro, mas acrescentou que “agora é a hora” para que os partidos da Venezuela “discutam uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral e os desejos do povo venezuelano”.
Patel ainda reiterou que “os Estados Unidos estão considerando várias opções para pressionar Maduro para que a Venezuela regresse ao caminho democrático”.
O governo brasileiro, nas últimas semanas, se ofereceu como mediador no conflito pós-eleitoral na Venezuela. Nesta semana, Lula da Silva (PT), Gustavo Petro e Andrés Obrador, respectivamente, presidentes do Brasil, Colômbia e México, devem se encontrar virtualmente com Maduro, segundo anúncio do chanceler da Colômbia, Luis Murillo, no último fim de semana.