Redação Rios
MANAUS (AM) – Após o anúncio, na quinta-feira 20/3, de que os Estados Unidos da América (EUA) vão investir 500 milhões de reais no Fundo Amazônia, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, disse que o valor pode chegar à US$ 2 bilhões. Segundo a ministra, o valor anunciado pelo assessor do governo norte-americano para assuntos do clima, John Kerry, é apenas a fase inicial de alocação de recursos.
“A conversa que tive com o secretário John Kerry isso é apenas o início dos esforços para que possamos fazer uma alavancagem, segundo ele, de algo em torno de US$ 2 bilhões, somando todas as frentes de atuação, não somente para o Fundo Amazônia”, afirmou a ministra.
Além dos US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia, o governo dos Estados Unidos irá destinar US$ 1 bilhão para reestruturação florestal na América Latina e US$ 50 milhões para reflorestamento.
Os recursos são do Tesouro norte-americano e precisam da aprovação do Congresso para serem liberados. Marina Silva ressaltou que o governo Biden está empenhado na aprovação do valor prometido pelos congressistas.
Durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, em fevereiro, Joe Biden afirmou que iria contribuir com o Fundo Amazônia e financiamento de projetos de sustentabilidade no Brasil.
“Isso é uma conquista muito grande. Tanto por aquilo que significa ter os Estados Unidos contribuindo com o fundo, quanto pelo volume de recursos”
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente
Os recursos poderão ser usados, inicialmente, para combate ao desmatamento e queimadas e ordenamento territorial, de acordo com a ministra. A meta é que o fundo volte ao foco original, de financiar pesquisas, tecnologia, projetos de desenvolvimento sustentável, bioeconomia e agricultura de baixo carbono “rumo a um novo modelo de desenvolvimento, e não só ações de comando e controle”.
A partir do anúncio de Biden, Marina Silva espera que outros países sejam encorajados a contribuir para o Fundo Amazônia. Alemanha e Noruega já integram o grupo de doadores.
*Com informações da Agência Brasil