Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Sarau Lunar é uma realização do Festival O Som Que Acende a Lua. Nesta sexta-feira, 9/8, o evento será realizado a partir das 18h, na Casa Luppi, na rua Ferreira Pena, Centro de Manaus.
A programação diversificada contará com a participação dos amazonenses Márcia Antonelli (transcritora) apresentando sua obra Hematofilia e do escritor Marcos Ney com o livro Wynumana – Pedaços De Gente. No bate-papo literário eles discutirão o conteúdo, a trama e a inspiração para seus escritos.
Leia também: Dia da Visibilidade Trans: avanços na luta por direitos e reconhecimento
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS, conversou nesta sexta-feira, 9/8, com a trans escritora Márcia Antonelli que participa pela primeira vez adiantou um pouco do que o público pode esperar neste encontro.
“O lirismo das palavras aliada à brutalidade imagética da narrativa em são dois aspectos nevrálgicos da obra que será abordada no Sarau. O livro trata da paixão doentia e desesperadora de um professor de literatura e amante de músicas clássicas por uma violoncelista croata. Uma paixão que rompem com as fronteiras do insano e com um desfecho extraordinário”, explicou.
A transcritora está animada com este espaço dado aos artistas amazonenses. “Minha expMectativa é a melhor possível. Tornar cada vez mais público e circulável esta obra através de inúmeros eventos os quais sou convidada”, finalizou.
O riosdenoticias.com.br também conversou com o escritor Marcos Ney, autor da obra literária, Wynumana: Pedaços De Gente. Para o autor a dificuldade de ser artista no mundo, no Brasil e no Amazonas é enorme, então o Sarau Lunar é um espaço super válido que dá visibilidade ao trabalho dos artistas. Sobre a obra, Ney explica que os capítulos do livro são pedaços e o foco são os ‘despedaçados’.
“Essa obra faz perceber que o ato de escrever, é se reinventar, de usar a palavra para se defender, criar mundos e universos. O livro apresenta uma sociedade fragmentada, despedaçada, construída em fractais e apesar de todos este despedaçamento a gente se compõe como um corpo ou seja de parte em parte a gente forma um só corpo”, destacou.
Marcos Ney conta que Wynumana é o deus Tupã da floresta que vai morar em Manaus em forma de jovem e ao se envolver com o mundo da periferia ele foi esquartejado. O final dessa história os amantes da literatura amazonense vão poder conferir logo mais durante o Sarau literário.
O Sarau Lunar que faz parte do Festival O Som Que Acende a Lua traz uma variedade de artistas. “Todo ano tem esse evento que reúne vários segmentos da arte: audiovisual, teatro, música, cinema, literatura, enfim…e é a primeira vez que abre para a literatura. Ele abre portas para escritores também independentes, alternativos, é a primeira vez que eu vejo também a oportunidade da literatura fazer parte dessas artes integradas”, explicou a Antonelli.
Programação
O Festival O Som Que Acende a Lua, inicia às 18h , quando abre as portas com a apresentação do DJ Bigodon, que vai animar o público com os ritmos latinos, cumbia, salsa e outros ritmos dançantes. Já as 18h30 ocorre o bate-papo literário.
Às 20h tem apresentação de música instrumental ao teclado com o instrumentista Amarú Natividade, explorando sentimentos e estéticas sonoras baseadas na música clássica, no rock progressivo e no experimentalismo psicodélico.
Já às 20h45, o grupo Bote ZeroUm traz muito rap autoral e às 21h20 haverá apresentação de artista circense em uma performance com malabares e fogo chamada Labarebailado.