Nayandra Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A cunhã-poranga do Boi Garantido, Isabelle Nogueira, compartilhou com os seguidores, nesta quarta-feira, 2/7, nos stories do Instagram, os bastidores de um momento de tensão vivido durante o 58º Festival Folclórico de Parintins. Segundo ela, uma lesão no joelho quase a impossibilitou de apresentar na terceira noite, 29/6, mas com fé, fisioterapia e superação, ela conseguiu dançar as três noites.
“Logo no início da minha apresentação da segunda noite, eu lesionei o joelho direito”, contou. Isabelle explicou que, apesar de utilizar uma técnica que evita o impacto direto sobre os joelhos nas coreografias, um erro sutil a fez “quicar” sobre a articulação, causando uma lesão imediata. “Saí do Bumbódromo com o joelho sangrando, parecia dois joelhos em cima de um só”, lembrou.
Mesmo sentindo dores, ela deixou a arena com um sorriso no rosto para não alarmar a equipe e a torcida. Mas a situação se agravou durante a madrugada. “No outro dia, eu não conseguia andar. Meu joelho tava paralisado. Entrei em pânico, não conseguia me movimentar na cama”, revelou, destacando também a preocupação da mãe diante da situação.
Diante do quadro, Isabelle tomou uma decisão rápida: contratou uma fisioterapeuta, que dedicou o domingo inteiro ao tratamento emergencial. Segundo a artista, a profissional ficou surpresa com a gravidade do caso e chegou a perguntar se ela realmente pensava em dançar naquela noite. “Eu coloquei um prazo: se até certo horário não melhorasse, eu avisaria a diretoria para preparar outra pessoa”, afirmou a cunhã do boi vermelho e branco.
No entanto, de acordo com a dançarina, foi nesse momento que a sua fé falou mais alto. “Comecei a orar e lembrar quem é o Deus que eu sirvo. O Deus do impossível”, disse.
Isabelle chegou a cogitar ligar para o presidente do Garantido, Fred Góes, para pedir que uma substituta fosse providenciada, mas sentiu “no coração” que ainda podia tentar. “Graças a Deus o Garantido foi o segundo a se apresentar na última noite, então deu tempo de fazer mais uma sessão de terapia no domingo.”
A cunhã-poranga encerrou os relatos agradecendo à fisioterapeuta, à família, à diretoria e principalmente a Deus por ter conseguido cumprir as três noites do Festival.