Alita Falcão – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após tumulto no Congresso Nacional, foi adiada para a próxima quarta-feira, 26/4, a leitura do requerimento que pede a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro deste ano.
“No dia 26 vai acontecer aquilo que deveria ter acontecido no dia 18, que é a leitura da CPMI. Eu nunca me furtei a isso em qualquer circunstância, seria esse mesmo o encaminhamento, da leitura da CPMI, considerando que ela preenche os requisitos
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Sem conseguir barrar a criação da CPMI – após o vazamento de imagens em que o general Gonçalves Dias, que comandava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, aparece caminhando tranquilamente entre os manifestantes – apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem buscar mecanismos para conter o desgaste institucional do governo.
A base petista deve buscar apoio do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL) para fechar acordo com o bloco comandado por ele na Casa, além de buscar apoiadores junto ao centrão. A expectativa é de que a base petista tenha direito a 21 das 32 cadeiras do colegiado, sendo 11 no Senado e 10 na Câmara dos Deputados.
Segundo o ministro das Relações Internacionais, Alexandre Padilha, o objetivo é impedir a propagação de falsas informações durante a CPMI por parte dos aliados dos ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, por outro lado, pediam a instalação da Comissão há algum tempo para tentar desvincular a imagem do líder dos ataques terroristas.
“É muito melhor o governo relaxar e buscar a verdade, do que buscar manobras para evitar que as pessoas deponham na CPMI”, afirmou o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).