Nicolly Teixeira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A titular da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Shádia Fraxe, se pronunciou nesta terça-feira, 25/3, sobre a recente portaria nº 253, que estabelece novas diretrizes para a divulgação de imagens e opiniões de servidores em redes sociais e outras mídias. A medida, que gerou polêmica e críticas, foi publicada na última quinta-feira, 13/3, e visa controlar o que os servidores da Semsa podem publicar sobre a instituição nas plataformas digitais.
Durante a cerimônia de integração dos novos servidores da Semsa, realizada ao lado do prefeito David Almeida (Avante), no auditório da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Shádia se defendeu das acusações de censura e restrição à liberdade de expressão.
Ela afirmou que a medida foi tomada após um levantamento da Secretaria de Comunicação, que identificou 146 perfis falsos nas redes sociais que, segundo ela, espalhavam informações incorretas e descredibilizavam a autoridade da pasta.
“A portaria foi motivada por documento que recebi da Secretaria de Comunicação, que rastreou 146 perfis falsos da Semsa, independentes e cada um dava uma informação, muitas vezes incorretas. Quando se tem uma informação de um lado e outra de outro lado, perde-se a credibilidade da maior autoridade de saúde do município”, declarou a secretária.
Ela ainda destacou que a portaria não tem o objetivo de “inibir a liberdade de ninguém” e criticou o que chamou de “corrida para lacração” nas redes sociais. “O que vemos é a corrida para lacração imediata na internet, onde cada um interpreta como quer”, completou.
Entenda a Portaria
A Portaria nº 253, publicada no dia 13/3, proíbe os servidores da Semsa de emitirem opiniões sobre a instituição ou as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em suas redes sociais, além de proibir a divulgação de fotos ou vídeos que envolvam uniformes, crachás ou logomarcas da Semsa em eventos não oficiais. A portaria também estipula penalidades para qualquer cidadão ou instituição que utilize imagens ou símbolos da Secretaria de Saúde de forma indevida nas redes sociais.
A medida gerou críticas tanto de servidores quanto da oposição, que a consideram uma forma de censura e uma violação à liberdade de expressão. A discussão sobre a portaria continua a ser um tema polêmico, e a Secretaria de Saúde segue defendendo sua posição como necessária para proteger a imagem institucional e garantir a precisão das informações divulgadas.