Muitas são as situações que atuam como influenciadoras de estresse na vida moderna: trânsito caótico, alto custo de vida, mudanças bruscas de temperatura, sobrecarga de trabalho, relações conjugais e familiares fragilizadas, crises econômicas e políticas das mais variadas dimensões e escalas, competitividade acirrada nos ambientes de trabalho, pressões por alcance de metas. Todas estas realidades agem como estimuladores de tensão, preocupação e conflitos internos e interpessoais, nos fazendo sentir-nos em uma verdadeira guerra, com a constante percepção de uma ameaça potencial.
Esta percepção acaba por nos fazer incorrer em um estilo comunicacional agressivo, desagregador e autoritário, com constante uso de ameaças, atribuição de culpas, coação e ofensas.
É em todo este contexto moderno, que parece estar cada vez mais fora do nosso controle, que a prática de uma comunicação amistosa e agregadora ganha importância e necessidade. Entende-se como comunicação amistosa e agregadora neste artigo aquela que é gentil, conciliadora, cordial e pautada pela união entre as pessoas, interação e valorização das relações interpessoais e trabalho em equipe. Sendo assim, como ter uma comunicação amistosa e agregadora no dia a dia?

Conhece-te a ti mesmo
Este princípio socrático nos encoraja a considerar a necessidade de entender as fontes de sentimentos, pensamentos e crenças que nos fazem ter reações agressivas para com o outro. Muitas vezes, pequenos ajustes em nossa rotina podem elevar o nosso bem-estar, que por consequência gerará maior equilíbrio emocional: dormir mais cedo, afastar-se do convívio com pessoas desagregadoras e aproveitadoras, alimentar-se de forma mais saudável, evitar o envolvimento em fofocas. Entenda que por trás de toda pessoa agressiva existe alguém que não se percebe, não se avalia e que não lidar com as próprias emoções. E o primeiro passo para aprender a lidar com a próprias emoções é tomar consciência das mesmas e posteriormente dos fatores causadores destas, este feito pode ser realizado através de testes de autodiagnóstico e autodesenvolvimento. Temos mentoria personalizada que podem ajudar neste processo.
Seja rápido no ouvir e lento no falar
A sabedoria é adquirida pelos ouvidos e não pela boca, este princípio bíblico no leva a considerar a necessidade de falar menos e ouvir mais. Ao ouvir as pessoas damos a estas o sentimento de importância, ao interromper as pessoas damos a estas o sentimento de indiferença. Como lembra Marshall Rosenberg (2006), “nós dizemos muita coisa” ao escutarmos os sentimentos e necessidade de outras pessoas, além do mais, somente quem se importa com o outro é capaz de estar atento a sinais, muitas vezes imperceptíveis para a maioria, e identificar sentimento de tristeza ou preocupação. Quando somos abordados por alguém que demonstra perceber tais comportamentos, tendemos a nos conectar a elas. Treinamentos sobe comunicação interpessoal, feedbacks e gestão de conflitos são excelentes instrumentos para desenvolver esta habilidade. Consulte workshops sobre estes temas em nosso contato na bio do Instagram.
Antes de julgar os outros, enumere ao menos dez dos seus defeitos
O julgamento é inerente à natureza humana, compõe o nosso processo de aprendizagem e entendimento sobre a vida. A grande questão aqui é evitar o posicionamento como juiz do mundo, colocando-se sempre com dono da “verdade” pois o excesso de julgamento sinaliza intolerância de compaixão, e quase sempre, aquele que julga, desqualifica uns e outros e este comportamento acaba gerando intrigas e animosidade. Conhecer os próprios defeitos através do olhar daqueles com quem convivemos é uma forma muito interessante para esta autoanálise. Experimente perguntar às pessoas dos seus mais variados tipos de relações sobre quais são seus três maiores defeitos. Certamente a percepção de terceiros vai te auxiliar nesta direção.








