Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Justiça do Amazonas negou o pedido de habeas corpus para Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha, e para os réus Hatus Moraes Silveira e José Máximo Silva de Oliveira. Os três são acusados de envolvimento em crimes relacionados ao tráfico de drogas no caso conhecido como “Caso Djidja”. A decisão foi tomada na quarta-feira, 21/8, após a análise do pedido de liberdade apresentado pelos advogados de defesa, que argumentaram falta de provas suficientes e a existência de condições pessoais favoráveis aos réus.
O “Caso Djidja” ganhou notoriedade pela complexidade dos crimes atribuídos aos acusados, incluindo a aquisição e distribuição de Cetamina, um anestésico veterinário de uso restrito. Ademar Cardoso é acusado de consumir a droga e de aplicá-la em suas parceiras. José Máximo, dono de uma clínica veterinária, teria distribuído a substância de forma ilegal, abastecendo uma seita chamada “Pai, Mãe, Vida”, da qual Ademar fazia parte. Hatus Moraes, treinador físico, é acusado de intermediar a distribuição e compra da Cetamina.
O pedido de habeas corpus baseava-se na alegação de que não havia provas suficientes para incriminar os réus. A defesa também argumentou que a quantidade de droga apreendida não era indicativa de tráfico e que os acusados tinham residência fixa, bons antecedentes e empregos estáveis, o que justificaria a concessão de liberdade provisória. No entanto, a desembargadora Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques, relatora do caso, destacou que essas condições, por si só, não são suficientes para conceder liberdade, especialmente em casos envolvendo crimes graves e acusados considerados perigosos.
O Ministério Público reforçou a necessidade de manter as prisões preventivas, destacando a gravidade dos crimes e o perigo que os acusados representam para a sociedade, devido à manipulação e distribuição de uma droga potente e de uso controlado.
Com a negativa do habeas corpus, Ademar Cardoso Neto, Hatus Moraes Silveira e José Máximo Silva de Oliveira continuarão presos preventivamente enquanto o processo segue na 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes da Comarca de Manaus.
*Com colaboração de Lucas Xavier