Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Um homem de 37 anos e uma mulher de 32 anos foram presos suspeitos de tráfico e associação para o tráfico de drogas, em uma operação que resultou na apreensão de mais de 600 quilos de maconha e cocaína, avaliados em R$ 13,5 milhões. A ação ocorreu nesta segunda-feira, 3/11, no bairro Colônia Terra Nova, zona norte de Manaus.
A operação foi deflagrada por equipes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que também cumpriram mandado de prisão preventiva contra o casal.
De acordo com a polícia, essa foi a segunda grande apreensão da semana, totalizando cerca de R$ 38,5 milhões em prejuízo ao crime organizado.
Além das drogas, duas picapes utilizadas para buscar os entorpecentes na BR-319 foram apreendidas. Os detalhes foram apresentados em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 5.
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Fachada no ramo agropecuário
O delegado-geral Bruno Fraga informou que os entorpecentes foram encontrados em um condomínio de luxo em Manaus. Segundo ele, o casal não possui ligação direta com facções criminosas, mas atuava de forma independente, usando uma empresa de agropecuária como fachada para o tráfico.
“A importância desse tipo de atuação é que reduz a criminalidade, já que outros delitos deixam de ocorrer em razão da retirada dessa droga de circulação”, destacou Fraga.
Distribuição na capital
O delegado Mário Paulo explicou que a operação foi resultado de uma investigação em curso há alguns meses. O casal foi identificado como responsável por receber grandes quantidades de drogas em um ponto da BR-319, utilizando veículos do tipo picape para o transporte.
O material era levado para o condomínio em Manaus, onde era armazenado antes de ser distribuído para diversos bairros da capital.
“Na manhã de segunda-feira, identificamos a movimentação do casal entre Manaus e a BR-319. No fim da tarde, nossas equipes ingressaram na residência e encontraram os dois no local, com a droga espalhada por vários cômodos”, relatou o delegado.
Os suspeitos foram encaminhados ao DRCO, passaram por audiência de custódia e permanecem à disposição da Justiça.
“Tudo indica que era uma atuação independente, de pseudoempresários que usavam negócios formais para lavar dinheiro do tráfico”, concluiu Mário Paulo.











