Redação Rios
EUA – Após o atentado contra o ex-presidente Donald Trump, investigadores apuram os motivos por trás da ação. O Departamento Federal de Investigação (FBI) conseguiu identificar o atirador como Thomas Matthew Crooks, jovem de 20 anos, morto por agentes do serviço secreto no local.
O jovem autor dos disparos utilizou um fuzil AR-15 e levava explosivos em seu carro. No momento, Crooks não estava com seus documentos de identificação, e o FBI teve de recorrer a amostras de DNA.
No domingo, 14/7, autoridades disseram que os agentes estavam investigando o caso como uma tentativa de assassinato e um possível caso de terrorismo doméstico. O telefone do atirador, o fuzil e dispositivos explosivos foram enviados ao laboratório para perícia.
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Contudo, o desafio é descobrir o mistério por trás do jovem, cujo perfil ambíguo dificulta determinar as razões do atentado. Thomas não tinha passagem pelo Exército ou antecedentes criminais, era registrado como eleitor do Partido Republicano e usava uma camiseta do Demolition Ranch, canal do YouTube sobre em armas de fogo.
Ao mesmo tempo, registros mostram que ele havia doado US$ 15 para o Progressive Turnout Project, grupo ligado aos democratas, em janeiro de 2021. Segundo o Departamento de Justiça, não há indícios de que ele tenha recebido ajuda, e tudo indica que agiu sozinho.
Família
De acordo com o FBI, o fuzil usado no ataque foi comprado legalmente, e foi encontrada ao lado do corpo. Segundo o chefe da investigação, Kevin Rojek, no carro do atirador foi encontrado um dispositivo explosivo rudimentar, que foi inspecionado por técnicos e enviado para análise.
Ainda no domingo, 14/7, a polícia fechou todas as estradas que levam à casa da família do atirador em Bethel Park, no sul de Pittsburgh, na Pensilvânia, a cerca de uma hora de carro do local do comício em Butler.
O pai do jovem, Matthew Crooks, disse à CNN que preferia falar com a polícia primeiro antes de emitir qualquer declaração pública sobre o filho.
O atentado deixou uma pessoa morta, que foi identificada como o bombeiro Corey Comperatore, de 50 anos. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas, sendo elas: David Dutch, de 57 anos, e James Copenhaver, de 74, ambos não correm perigo de vida.
Telefonema
Trump desembarcou em seu jato particular em New Jersey, onde tem um clube de golfe, e à noite já havia chegado a Milwaukee, para a Convenção Nacional Republicana, que começa nesta segunda-feira, 15, e vai até quinta-feira, 18, evento que oficializará sua candidatura à Casa Branca.
O ex-presidente garantiu que estará presente na convenção.
“Pensei em adiar minha viagem, mas decidi que não posso permitir que um assassino em potencial force uma mudança na agenda”, disse Trump, que pediu que os americanos se mantenham unidos “diante do mal”.
Segundo a Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Trump por telefone ainda na noite de sábado, horas após o atentado. O telefonema foi “breve e respeitoso”, de acordo com assessores de Biden.
O presidente disse ainda que havia pedido uma investigação sobre o atentado e prometeu compartilhar os resultados com os americanos. Biden também afirmou que instruiu o serviço secreto a revisar os padrões de segurança para a Convenção Nacional Republicana.
À noite, em pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca, Biden voltou a condenar a violência e o atentado contra Trump na Pensilvânia.
“Quero falar com vocês esta noite sobre a necessidade de baixarmos a temperatura em nossa política”, afirmou o presidente americano. “Precisamos nos manter unidos”.
*Com informações da Agência Estado