Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma das sete maravilhas do mundo e cartão-postal do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor não está de braços abertos somente para a Baía de Guanabara. Nesta segunda-feira, 22/5, após repercussão do novo episódio de racismo contra o atacante brasileiro Vinicius Junior, que joga no Real Madrid, na Espanha, o Cristo Redentor se solidarizou com o jogador e teve sua iluminação desligada por cerca de uma hora.
A iniciativa foi do Santuário Arquidiocesano que administra o monumento situado no morro do Corcovado, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. As lâmpadas foram desligadas às 18h e permaneceram assim até às 19h. A CBF com o grupo Observatório da Discriminação Racial no Futebol também prestaram apoio.
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O Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, inclusive, emitiu nota repudiando os ataques racistas.
Nas redes sociais, Vinicius Junior agradeceu o apoio e escreveu:
Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma ação de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta. Agradeço demais toda a corrente de carinho e apoio que recebi nos últimos meses. Tanto no Brasil quanto mundo afora. Sei exatamente quem é quem. Contem comigo porque os bons são maioria e não vou desistir.
Tenho um propósito na vida e, se eu tiver que sofrer mais e mais para que futuras gerações não passem por situações parecidas, estou pronto e preparado.
Vinícius Junior
Vini Jr. recebeu mensagens de solidariedade de atletas brasileiros e estrangeiros de diferentes modalidades.
“Estou com você”, escreveu o piloto Lewis Hamilton.
![](https://www.riosdenoticias.com.br/wp-content/uploads/2023/05/piloto-Lewis-Hamilton.png)
Domingo, 21, o atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, foi, mais uma vez, vítima ação racista. O fato se deu durante a derrota da equipe dele para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários.
Vini Jr. ouviu os insultos racistas e gritos de ‘macaco’ vindos das arquibancadas.
O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e ele ainda foi expulso de campo, porque foi tentar se defender das ofensas.