Nayandra Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) divulgou, na noite desta segunda-feira, 28/4, uma nota oficial reconhecendo um erro na comunicação feita pelo órgão mais cedo sobre um suposto risco de desabamento da Ponte Rio Negro. Segundo o novo posicionamento, não há comprovação técnica que indique ameaça estrutural à ponte.
Durante a tarde, o MPAM havia divulgado um release à imprensa informando sobre a abertura de um procedimento para investigar denúncias de erosão no solo de sustentação de um dos pilares da ponte.
No entanto, o órgão admitiu que a informação foi mal interpretada e que o processo em andamento refere-se apenas à apuração de um problema erosivo, sem laudo técnico que aponte risco de desabamento.
“Informamos que não há comprovação técnica, via laudo, da divulgada possibilidade de desabamento”, esclareceu o MPAM em nota.
O Ministério Público explicou ainda que a investigação continua em trâmite na 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), apenas para acompanhar o problema de erosão que já havia sido alvo de denúncia há alguns meses.
O próprio Governo do Estado, em resposta ao MP, afirmou que não há risco para a estrutura da ponte e que a área afetada não compromete a segurança da obra.
Retirada do ar
Diante da grande repercussão e do possível alarme gerado entre a população, o MPAM informou que removeu a matéria de seu portal e de suas redes sociais. Ainda segundo o Ministério Público, a intenção inicial foi apenas informar sobre os trabalhos de apuração e não causar pânico.
“O intuito, em momento algum, foi causar pânico na população, mas, como de costume, informarmos sobre todas as medidas e ações deste Ministério Público em prol do interesse coletivo”, diz trecho da nota.
Investigação continua
Apesar da correção, o promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães confirmou que o procedimento de acompanhamento da situação segue em andamento. O MPAM aguarda informações oficiais da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) sobre o andamento das obras de recuperação da área impactada.
Inicialmente, o MPAM havia solicitado à Sedurb um cronograma das intervenções e, caso as obras já tivessem sido concluídas, a apresentação de fotos que comprovem os serviços realizados.