Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – As altas temperaturas do verão amazônico, além da onda de calor que deve afetar o país nesta semana, impõem desafios à saúde da pele humana. O clima escaldante, a falta de ventilação, roupas apertadas, exercícios rigorosos e mudanças frequentes de ambientes climatizados ou não podem levar a um aumento da temperatura corporal.
O dermatologista Helder Cavalcante ressalta que, embora o corpo humano tenha mecanismos de regulação térmica, esses mecanismos têm limites.
Uma das consequências mais comuns é a insolação, que ocorre quando a temperatura corporal ultrapassa os 40º C, resultando na falha do mecanismo de transpiração. “É quando o organismo perde a capacidade de se hidratar devido ao calor excessivo”, alerta o especialista.
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A exposição solar em excesso pode ter efeitos prejudiciais imediatos na pele, antes mesmo de causar câncer. Entre esses impactos visíveis estão o surgimento de manchas na pele, o enrugamento prematuro e o aparecimento de sinais.
O dermatologista alerta que todos esses danos são decorrentes da exposição solar. Os raios UV do sol podem danificar as fibras de colágeno e elastina da pele, resultando em perda de elasticidade e envelhecimento precoce. Além disso, a pigmentação da pele pode ser afetada, levando ao aparecimento de manchas escuras.
“Nós temos que saber que o nosso corpo tem limites, tem mecanismos de regulação mas tem limites também. Se hidratar bebendo água, é a medida mais simples, mais barata e mais fácil de executar. As vezes as pessoas esquecem de se hidratar e tomam pouca água, e essa pouca água circulando interfere nos mecanismos de transpiração do organismo, a pele perde a capacidade de regulação e entra em choque”
Helder Cavalcante, dermatologista
Portanto, é crucial adotar medidas de proteção, como o uso de protetor solar e a limitação do tempo de exposição ao sol, a fim de evitar danos à pele que podem comprometer sua saúde e aparência a longo prazo.
Bronzeamento e exposição solar
O hábito de buscar um bronzeado perfeito é uma prática comum, mas muitas vezes mal compreendida. O dermatologista Helder Cavalcante chama o bronzeamento de “auto agressão”, destacando que o tempo prolongado de exposição solar pode resultar em problemas futuros.
Segundo o especialista, existem dois tipos de bronzeamento natural, ambos envolvendo a exposição solar, que é uma agressão considerável ao organismo. Quando a pele fica vermelha ou bronzeada, isso é um sinal claro de que ela sofreu danos.
“Temos dois tipos de bronzeamento natural, que é pegar sol. A pessoa fica com trajes de banho para pegar sol que é uma agressão violenta ao organismo. Toda vez que nossa pele fica vermelha ou bronzeada é sinal que sofreu muito. A vermelhidão e o bronzeamento são mecanismos de defesa do organismo contra a radiação solar”, alerta o dermatologista.
É importante compreender que os danos causados pelo sol são cumulativos. Cada exposição excessiva ao sol aumenta o risco de problemas de pele no futuro. Portanto, a busca por um bronzeado saudável deve ser equilibrada com medidas de proteção, como o uso de protetor solar e limites de exposição solar, para preservar a saúde da pele a longo prazo.