Gabriela Brasil – Rios de Notícias
SÃO PAULO – Violação sexual e estupro são algumas das acusações que compõe o inquérito, o qual fundamenta a prisão temporária do influenciador religioso Victor de Paula Gonçalves, de 27 anos, conhecido como Victor Bonato na internet.
Os relatos detalhados durante depoimento realizado em setembro, são de três supostas vítimas que foram à Delegacia da Mulher de Barueri. Elas eram seguidoras do “Galpão”, uma espécie de igreja comandada pelo influenciador e outro sócio na área nobre de Alphaville.
Os relatos das vítimas são sensíveis e, caso sejam comprovados, revelam um padrão nas ações de Victor por conta das semelhanças dos casos. As três mulheres, de 19, 20 e 24 anos, de acordo com a decisão do Juiz Fabio Calheiros Nascimento, também possuem características físicas similares.
Após o influenciador afirmar que “se isolaria em um retiro espiritual”, a decisão da Justiça de São Paulo levou em consideração a possibilidade de Victor fugir.
Uma das vítimas é uma estudante de 19 anos. No depoimento, ela afirma que o coach parecia ser uma pessoa bem-intencionada. No entanto, o comportamento dele começou a mudar em junho. Na ocasião, os dois assistiam filme juntos, quando ele passou a mão no corpo dela.
Em outra situação, ele forçou a jovem a colocar a mão no pênis dele, mesmo com a negativa dela em obedecer o pedido. No mesmo dia, o influenciador insistiu que ela tirasse a blusa e que praticassem sexo. A jovem negou várias vezes.
Em outro episódio, após diversas negativas, a jovem acabou por aceitar o ato sexual, porém, durante a relação Victor a agrediu desferindo diversos tapas em seu rosto, usando de força extrema ao mesmo tempo que dizia: “por você não ter me dado daquela vez”.
Desculpas
Antes de ser preso, Victor publicou nas redes sociais um pedido de desculpas. Ele ressaltou que teria “cometido pecados” e caído em “moralidades e iniquidades”
O Ministério Público de São Paulos foi favorável à prisão do influenciador, visto que “o infrator revela incontrolável inaptidão para o convívio social e, em liberdade, certamente voltará a delinqüir, com sério prejuízo à tranqüilidade e à ordem pública, uma vez que é tido como um líder religioso, sendo cercado por inúmeros adolescentes e jovens, gozando de grande influencia entre eles”, decide o magistrado.
Na decisão judicial que autorizou a prisão de Victor, o juiz destaca a necessidade de manter o influenciador preso para não comprometer as investigações.