Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Na madrugada de 8 de março deste ano, Leonardo Pereira de Oliveira, comerciante da Barraca da Rosa, na avenida Torquato Tapajós, zona Norte de Manaus, foi vítima de um assalto que quase resultou em sua morte. Ele foi alvejado com um tiro nas costas que perfurou o abdômen.
Com alta hospitalar e fora de perigo, a família de Leonardo busca por mais segurança para continuar trabalhando e ter o sustento.
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Ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, mãe e filha de Leonardo, relembram o dia do incidente e pedem ao poder público mais efetividade no combate à violência.
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Ellen Bruna, filha do comerciante, contou em detalhes como seu pai foi surpreendido pelo assalto e escapou por pouco de uma tragédia. Leonardo foi levado para o Hospital 28 de Agosto, na zona Centro-Sul da capital. Após 12 dias internado, recebeu alta, mas ainda se recupera em casa, sem previsão de retorno ao trabalho.
“Aqui é uma vila de frutas. Os bandidos fingiram fazer compras e na hora de pagar, abordaram a vendedora e anunciaram o assalto. Dentro da barraca, meu pai dormia e se assustou com a abordagem. A reação dele foi correr e foi quando os criminosos atiraram. Um tiro pegou nas costas e saiu pela barriga do meu pai, atingindo o intestino dele”, contou Ellen.
Leonardo, atualmente com 42 anos, trabalha desde os 7 na barraca, sustentando a família. Ellen e sua irmã ajudam nos fins de semana porque o pai exige que elas se dediquem aos estudos.
A mãe de Leonardo, Roseneida Pereira de Oliveira, teve que assumir o lugar do filho na barraca de frutas enquanto ele se restabelece. “Quando o assalto aconteceu, tudo ficou muito difícil para nós. Eu já havia parado de trabalhar, então ele assumiu a frente. Ele é o pai, cuida de tudo, inclusive das sobrinhas que ele sustenta. Nossa sobrevivência depende disso”, disse.
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Com uma mistura de dor e determinação, Roseneida descreveu como Leonardo era o pilar da família e como sua ausência após o incidente deixou um grande vazio.
“Foi um golpe duro, como se o chão se abrisse sob meus pés. Ele é meu braço direito. Estou aqui lutando, substituindo ele, mesmo eu estando doente. Tudo o que temos, vem daqui, nossa sobrevivência depende disso. A barraca é parte de quem somos”, confessou a senhora.
Rosa destacou a necessidade urgente de medidas que garantam a proteção dos comerciantes e clientes da barraca.
“Meu apelo é que os governantes tenham um carinho para olhar aqui para nós e melhorar a nossa situação, porque aqui é uma barraca de fruta tradicional. Já faz muitos anos. Eu comecei com 7 anos e já tô com 60 trabalhando aqui”, explicou a comercimante.
A reportagem entrou em contato com as Forças de Segurança do Estado para buscar mais informações sobre as demandas dos comerciantes e aguarda retorno.