Conceição Melquíades – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma nova reunião entre os trabalhadores da Educação e representantes do Governo, nesta quarta-feira, 31/5, encerrou com uma nova proposta apresentada à categoria. Contudo, os profissionais decidiram que irão manter a greve até que consigam chegar a um acordo justo para a categoria.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), uma nova assembleia será realizada para apresentação e discussão das propostas:
- 15,19% sendo 8% imediato, 3% out e 4,19% maio 2024;
- Devolução dos descontos das faltas em 10 dias, condicionado ao encerramento do processo.
O Governo também garantiu aos profissionais de Educação:
- Enquadramento vertical (por titularidade) de imediato;
- Horizontal condicionado a estudo de impacto de folha para 2024;
- Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR): construção imediata de comissão para revisão com garantia da participação dos representantes dos trabalhadores;
- Calendário de reposição com participação dos trabalhadores.
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A greve dos profissionais de Educação começou no dia 17 de maio. Inicialmente, a categoria pleiteava reajuste salarial de 25%, o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço, reajuste do auxílio-localidade (valor destinado a trabalhadores que atuam no interior e que precisam se deslocar para zonas rurais longe da sede dos municípios) e vale alimentação, e plano de saúde para servidores os aposentados.
A lei nº 3.951, de 4 de novembro de 2013, institue o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos servidores da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), e prevê no Art.39, o estabelecimento do dia 1º de março de cada ano como data base para reajuste do vencimento e da remuneração dos servidores abrangidos pelo Plano.
Porém, de acordo com o Sinteam, em 2019, o Governo do Amazonas deu 4,74% de reposição aos professores. Entre os anos de 2020 e 2021, a reposição dada pelo governo foi de 9,19% , e o valor pago em janeiro de 2022, foi sem o retroativo. Desde então, a categoria segue sem reposição.
Após os servidores deflagrarem greve, o Governo e a Comissão de Educação da Casa Legislativa sinalizou ao Sinteam uma proposta de 8%, que foi rejeitada de imediato pelos profissionais. Em uma nova tentativa de acordo, foi oferecido 14%, sendo 8% agora para o mês de junho, e 6% em julho do ano que vem. A proposta também foi rejeitada.