Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) informou que a categoria dos médicos radiologistas iniciará uma greve a partir desta segunda-feira, 15/12, devido à falta de pagamento de quatro meses pelos serviços prestados ao Governo do Amazonas.
O anúncio foi feito nas redes sociais, onde o sindicato comunicou que a categoria deliberou, em Assembleia Geral Extraordinária realizada na quinta-feira, 10, pela paralisação parcial e pacífica dos serviços, diante da inadimplência no valor atualizado de R$ 1.926.005,63, referente a plantões médicos regularmente prestados.
“A paralisação foi aprovada em razão do inadimplemento de verbas trabalhistas de natureza alimentar, no valor de R$ 1.926.005,63, devidos pela empresa ALS e pelo Estado do Amazonas a dezenas de profissionais que vêm mantendo, de forma ininterrupta, os serviços essenciais de radiologia, mesmo após a transição contratual da gestão”, diz a nota.

Segundo o presidente do Simeam, Mário Vianna, o sindicato esclarece que serão mantidos, no mínimo, 40% dos profissionais radiologistas em atividade. A greve será pacífica, ordeira, documentada e comunicada às autoridades competentes, sem bloqueio de acesso às unidades ou comprometimento da vida e da saúde dos pacientes.
“Não se trata de um movimento de enfrentamento, mas de resistência digna. O direito ao trabalho pressupõe o direito de receber por ele”, afirmou Vianna.
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Serviços essenciais serão mantidos
- Em conformidade com a Lei nº 7.783/1989, será garantida a manutenção de 40% dos profissionais radiologistas em atividade, assegurando os seguintes atendimentos prioritários:
- Urgência e emergência;
- Diagnóstico radiológico de suporte à UTI e pronto-socorro;
- Ultrassonografias em pré-natal de alto risco.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), que informou estar em dia com o pagamento à empresa que atualmente presta serviços de ultrassonografia nas maternidades do Estado.
“Por orientação jurídica, o contrato com a empresa anterior foi suspenso, porém os profissionais foram absorvidos pela empresa atual. Um acordo está em curso no Ministério Público do Trabalho, para que o pagamento devido à empresa anterior seja feito diretamente aos profissionais.” Diz a nota.












