Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após cinco dias de buscas, o piloto Rodrigo Boer Machado e o passageiro Breno Braga Leite foram identificados na tarde dessa quarta-feira, 25/12, como as vítimas encontradas nos destroços do avião desaparecido desde sexta-feira, 20, nas proximidades do município de Manicoré, a 332 quilômetros de Manaus.
Rodrigo, de 29 anos, era natural de Fernandópolis, mas residia em São José do Rio Preto (SP). Antes do acidente, ele havia informado à família que faria uma viagem ao estado do Amazonas a trabalho. No entanto, não deu detalhes sobre o serviço que realizaria.

Na ocasião, disse apenas que partiria de Porto Velho (RO) com destino a Manaus (AM). Rodrigo manteve contato com os familiares até pouco antes da decolagem, compartilhando sua localização via GPS. Porém, após a sexta-feira, 20, a aeronave de pequeno porte desapareceu.
Em entrevista ao site local “Alerta Manicoré”, Marcelo Rodrigues Machado, pai do piloto, disse que ainda esperava encontrar o filho com vida, “que está triste, mas ao mesmo tempo com dever cumprido por tê-lo achado. E que agora espera a liberação do corpo para as últimas homenagens que deve acontecer em São Paulo”.
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Sobre o passageiro Breno Braga Leite, de 28 anos, que era natural do estado do Pará. De acordo com informações de uma prima, Ana Carla, em entrevista a uma TV local, Breno trabalhava com garimpo, realizando buscas de materiais nesses locais, e teria contratado o piloto para auxiliá-lo nos deslocamentos por serem de difícil acesso.
Ele deixa um filho pequeno e era muito próximo da família. Os familiares aguardam a liberação do corpo para que o velório seja realizado no município de Itaituba, no Pará.

Em nota, o Governo do Amazonas informou que equipes da Polícia Civil (PC-AM), Polícia Militar (PM-AM), Corpo de Bombeiros (CBM-AM) e brigadistas localizaram os corpos das vítimas após buscas intensas em uma comunidade de Manicoré.

Os corpos foram encontrados em uma área de mata, entre os destroços do avião, e encaminhados ao hospital da cidade para identificação.
Investigação
A investigação das causas do acidente será conduzida pelo Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa).
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave não possuía um plano de voo registrado, o que dificultou sua localização pelos radares de controle de tráfego aéreo. Pesquisa no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mostra que a aeronave modelo Cessna, matrícula PT-JCZ, não tinha autorização para táxi aéreo.

Ainda estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade vencido desde 28 de setembro deste ano.












