Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Teve início na manhã desta segunda-feira, 26/6, a audiência de instrução e julgamento dos policiais suspeitos no desaparecimento do autônomo Bruno Vasconcelos de Almeida. Ele está desaparecido desde 2019, após policiais militares o abordarem na rua Santa Isabel, bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus.
O Tribunal de Justiça do Amazonas retoma o caso em audiência de instrução e julgamento no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis.
O assistente de acusação Vilson Benayon voltou a solicitar a revogação do processo em segredo de justiça do caso e tem se empenhado em buscar justiça. Vilson relembrou a repercussão da mídia em cima do caso, que ajudou na divulgação das imagens.
“Hoje é a última audiência de instrução, o processo se encontra em segredo de justiça mas todos os fatos foram divulgados à mídia, que teve um papel importante e fundamental para a coleta de provas desse processo. Queremos respostas, onde está o Bruno? Queremos a justiça”, disse Vilson.
Durante esses quatro anos, a família não obteve nenhuma informação do que teria acontecido com Bruno. Adalgisa Vasconcelos de Almeida, mãe de Bruno, segue tentando buscar respostas e pede para que quem souber de algo, entre em contato anonimamente para falar.
“Eu peço que para quem souber de algo, possa dizer onde está, o que fizeram. Eu não aguento mais, é um sofrimento. Minha vida não existe mais, quando vejo um carro da polícia eu me tremo toda e os acusados estão soltos”
Adalgisa Vasconcelos de Almeida, mãe da vítima
Até o momento, seis policiais foram identificados e acusados pelo sumiço de Bruno. Nenhum suspeito foi preso e seguem respondendo em liberdade.
Desaparecimento
Bruno desapareceu durante uma abordagem feita por seis policiais militares força tática, na rua Santa Isabel, bairro Cachoeirinha. As câmeras de segurança de uma residência próxima ao local mostra a abordagem que foi feita na madrugada do dia 13 de junho de 2019.
Nas imagens, é possível ver que Bruno estava parado na esquina quando um carro branco chegou com quatro policiais, um deles abordou Bruno, enquanto, os outros policiais abordaram mais outras duas pessoas do outro lado da rua. Depois de alguns minutos chega uma viatura que para atrás do carro e desde estão Bruno desaparece.
No dia seguinte ao desaparecimento do autônomo, à polícia entregou a placa do carro de Bruno ao antigo proprietário, já que à transferência ainda não ter sido concluída na época, no conjunto Manoa, na zona Norte.
A família de Bruno estranhou a atitude e começou a desconfiar do que teria acontecido, começando assim uma busca desesperada pelo autônomo que, em 2019, tinha 35 anos de idade.
*Com informações da assessoria