Caio Silva – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O perfil dos nove amazonenses mortos durante a Operação Contenção, realizada contra o Comando Vermelho (CV), foi divulgado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) neste domingo, 2/11.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS teve acesso à lista que detalha quem eram os suspeitos e suas ligações com o crime organizado.
Segundo a corporação, mais de 95% dos mortos tinham ligação comprovada com o CV e a maioria era de outros estados. Dos 115 mortos na operação, 62 eram de fora do Rio de Janeiro.

Amazonenses mortos
Entre os nove amazonenses mortos, alguns eram apontados como líderes ou gerentes de grupos criminosos:

Cleideson Silva da Cunha, apelidado ‘Loirinho’, de Manaus, tinha três mandados de prisão por homicídio, tráfico e roubo.

Douglas Conceição de Souza, 32 anos, conhecido como ‘Chico Rato’, tinha três registros criminais e era chefe do CV no bairro Tancredo Neves, zona Leste de Manaus.

Francisco Myller Moreira da Cunha, 32 anos, ‘Suiça’ ou ‘Gringo’, com antecedentes por homicídio e sete registros de ocorrência, era chefe do CV no Amazonas com mandado de prisão.

Hito José Pereira Bastos, 31 anos, ‘Dimas’, tinha antecedentes por associação ao tráfico e três registros de ocorrência.

Francisco Machado dos Santos, 28 anos, com histórico de furto, roubo e homicídio, possuía dois mandados de prisão.

Jorge Santos dos Santos, 30 anos, antecedentes por tráfico e homicídio, com mandado de prisão ativo.

Waldemar Ribeiro Saraiva, 21 anos, antecedentes por porte ilegal de arma, tráfico e associação ao tráfico.

Cleiton Souza da Silva, 33, apelidado por ‘Mãozinha’ possui seis anotações criminosas, com histórico criminal para tráfico de drogas, associação para o tráfico, furto de energia elétrica e homicídio. Ele era apontado como gerente do tráfico da favela do lixo, em Cabo Frio, Rio de Janeiro.

Lucas Guedes Marques, 29 anos, com duas anotações criminais e mandado de prisão ativo.
Paraense radicado no Amazonas
Cleiton Souza da Silva, 31, é natural de Santarém, município do Pará, e possui histórico criminal no Amazonas. Ele é investigado com base no artigo 288 do Código Penal, que trata do crime de associação criminosa, e possui mandado de prisão ativo.

Em maio de 2024, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investigou movimentações financeiras de quadrilha que traficava drogas do Amazonas, na fronteira com a Colômbia, até o Rio de Janeiro. Na época, foram investigados pagamentos de quase R$ 200 mil para três empresas, o esquema de lavagem de dinheiro do tráfico movimentou R$ 27 milhões em 2 anos.
O principal operador do crime, que recebia as drogas e fazia pagamentos seria Cleiton Souza da Silva, investigado por envolvimento com o Comando Vermelho no Amazonas, na época, ele estava foragido.
Operação e investigação
O delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil do RJ, afirmou que a divulgação da lista não encerra a investigação. “Se eles não tivessem reagido à abordagem policial, teriam sido presos em flagrante por porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, tentativa de homicídio contra agentes de segurança e pelos crimes de organização criminosa e associação ao tráfico”, disse.
O coronel Marcelo de Menezes, secretário de Polícia Militar, destacou que os confrontos ocorreram com criminosos armados em áreas de mata, e que a estratégia da operação buscou preservar a segurança da população.
“Uma estratégia fundamental adotada pelas forças de segurança foi empurrar os bandidos para áreas de mata fora da área habitada, no alto do morro, preservando a segurança da população”, concluiu.











