Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Levi da Silva Monteiro, de 19 anos, foi preso na quinta-feira, 15/8, pela morte de Lucas Monteiro da Silva Ozório, de 28 anos. O crime ocorreu no dia 26 de julho deste ano quando a vítima foi esfaqueada até a morte em sua residência, na rua Sol Nascente, bairro Gilberto Mestrinho, na zona Leste de Manaus.
“Pessoas então daquela região se juntaram e foram até a casa dele em busca de vingança e cometerem esse crime bárbaro”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Bruno Fraga, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 16.
Leia também: Mais um corpo retalhado é encontrado em via de Manaus por populares
A delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), delegada Déborah Barreiros, foi quem divulgou os detalhes do homicídio. Um crime onde a vítima foi morta a pauladas, com vários golpes de enxadas, terçadadas e facadas diante dos familiares, crime que ainda está sendo investigado pela equipe da DEHS.
“Fomos à campo para tentar identificar esses autores, conseguimos identificar um deles que é o Levi, esse primeiro preso temporário que a gente está apresentando hoje. No primeiro momento ele conta que não teve a intenção de estar ali e que foi até a casa da vítima dizer que estava sendo procurado, mas a gente conseguiu descobrir a participação dele como sendo a pessoa que aponta a casa da vítima para os outros suspeitos”, explicou Barreiros.
Segundo a delegada adjunta da DEHS, a vítima tinha o diagnóstico de esquizofrenia [doença mental grave que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta] e tinha o hábito de andar com um pequeno terçado porque ele fazia pequenos roçados, no bairro Grande Vitória, na zona Leste da capital amazonense e teria se desentendido com pessoas ligadas ao tráfico de drogas.
“Uma vez que ele era abordado constantemente pela condição dele de esquizofrênico, ele acabou sendo vítima dessa vingança, primeiro foram na casa de familiares dele para procurá-lo, e não encontrando foram até a casa onde ele residia com a companheira e um bebê de dois meses, e ali ele foi vítima deste crime brutal na frente dos familiares”, contou a delegada.
Ainda segundo a delegada Déborah Barreiros as investigações continuam. “Temos ainda outras cinco pessoas a identificar o que é difícil por não ter câmeras dentro da casa [onde Lucas morreu] essa segunda parte da investigação será divulgada posteriormente. Essa com certeza é uma situação muito traumática e o Estado tem que estar presente até para evitar essas vingança privadas”, destacou.