Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Paciente em tratamento oncológico na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), localizada na zona Centro-Oeste de Manaus, denuncia dificuldades no atendimento e falhas na estrutura da unidade.
Além dos desafios físicos e emocionais impostos pela luta contra o câncer, ela afirma que muitos enfrentam problemas diários que tornam o tratamento ainda mais desgastante.
“Estou aqui hoje e não tem o básico. O que mais me impressionou foi a estrutura precária para quem precisa, no mínimo, de humanidade. Entramos para tratar o câncer e saímos com mais dores e mal-estar por causa da demora”, relatou ao Rios de Notícias uma paciente diagnosticada com câncer de ovário em metástase.

Entre as principais queixas estão a falta de itens básicos, como papel higiênico, copos descartáveis, máscaras e álcool em gel. Segundo o relato, a espera pelo atendimento pode ultrapassar quatro horas, o que agrava o desconforto dos pacientes.
“São coisas mínimas que um paciente oncológico precisa. Muitos não têm nem o dinheiro da passagem de volta, muito menos para comprar esses itens”, disse outra paciente.
O Rios de Notícias solicitou uma nota de posicionamento à direção da FCecon sobre as denúncias feitas pelos pacientes, mas a instituição ainda não se manifestou até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto.

Operação Metástase
A denúncia surgem em meio à Operação Metástase, deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) no dia 16 de outubro. A ação investiga fraudes em licitações, pagamento de propinas e desvio de recursos públicos da saúde estadual, envolvendo servidores de diferentes unidades.
Durante a operação, três servidores foram presos preventivamente, entre eles Gabriel Henrique Silva de Souza, gerente financeiro da própria FCecon. A investigação é conduzida pela 77ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Ao todo, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Manaus e Joinville (SC), além das três prisões preventivas.











