Redação Rios
MANAUS (AM) – Em todo o Brasil, pessoas se reuniram para torcer por Ainda Estou Aqui no Oscar 2025, que ganhou a estatueta de Melhor Filme Internacional. Na capital do Amazonas, Manaus, a aldeia Inhaã-bé foi a grande escolhida para representar os povos originários durante a transmissão ao vivo do evento.
Após inaugurarem a primeira sala de cinema em território indígena no Brasil, o Cine Aldeia, indígenas da aldeia Inhaã-bé, localizada no Tarumã-Açú, em Manaus, apostaram em rituais para emanar boas energias ao longa brasileiro, além de exibirem toda a cerimônia do Oscar.
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Para Thaís Kokama, organizadora e autora do projeto “Cine Aldeia”, a oportunidade de representar todos os povos originários do país durante a transmissão do Oscar foi motivo de muito orgulho para toda a comunidade.
“Um momento que ficará marcado em toda a minha vida e na vida dos parentes que estavam aqui, torcendo e emanando boas energias ao filme, e também à memória de Eunice Paiva, mulher e advogada, sendo uma das pioneiras na luta por nossas causas indígenas”, destacou Thaís.
O filme “Ainda Estou Aqui” traz uma mensagem sobre a resistência e a luta de uma família durante a ditadura militar, destacando uma das principais personagens, Eunice Paiva, que decide estudar Direito, tornando-se advogada e ativista em prol das causas indígenas, dando voz a pessoas que sofreram impactos da ditadura.

A ativista contribuiu de forma significativa para a elaboração do capítulo da Constituição Federal de 1988, que trata sobre os direitos territoriais, o reconhecimento à diversidade étnica e cultural e à autonomia e autodeterminação dos povos indígenas.
Eunice Paiva também atuou junto à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na década de 1980, tendo papel central na demarcação das terras Krikati e Awá, no Maranhão, e Xikrin do Rio Cateté, no Pará.
*Com informações da assessoria