Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte encerra nesta sexta-feira, 27/9, com a exibição do longa-metragem “Oeste Outra Vez”, de Érico Rassi, de Goiás. Com entrada gratuita, a última sessão acontece às 19h, no Teatro Amazonas, contando com a presença de dois atores do elenco: o manaura Adanilo e o paraibano Daniel Porpino.
“Oeste Outra Vez”, premiado no 52ª Festival de Gramado nas categorias de “Melhor Filme”, “Melhor Ator Coadjuvante” e “Melhor fotografia”, traz para as telas o sertão de Goiás e homens brutos, que não conseguem lidar com suas fragilidades e são constantemente abandonados pelas mulheres que amam. Tristes e amargurados, eles se voltam violentamente uns contra os outros.
No filme, o ator manauara Adanilo interpreta Domingos, que é colega de trabalho de Antônio, personagem do ator paraibano Daniel Porpino. Ambos estão em Manaus para a exibição do filme e falaram sobre o longa com exclusividade ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS.
Leia mais: ‘Volta por Cima’: Adanilo fala sobre Sidney, seu personagem na nova novela da TV Globo
Adanilo destacou o papel de seu personagem enquanto fiel-escudeiro de Daniel, além da natureza da relação deles e o fato de ambos serem contratados para empreender uma caçada aos personagens dos atores Ángelo Antônio e Roger Rogério, após uma briga por uma mesma mulher, com o personagem de Babu Santana.
“Domingos é companheiro do personagem feito por Daniel Porpino. Eles dois são dois matadores de aluguel, no sertão Goiano e, o filme é um verdadeiro faroeste. Os personagens feitos por Babu Santana e Ángelo Antônio disputam uma mulher onde eles têm uma confusão e decidem brigar por ela. Aquela mulher vai embora e eles começam a empreender uma caçada um ao outro”, contou Adanilo.
Daniel Porpino disse que enquanto se enfrentam em um sertão precário e sem lei, outros personagens masculinos vão surgindo no longa-metragem, todos eles tendo em comum algum tipo de frustração em seu passado. Ele ressalta o papel do filme ao tratar de um mundo quase que estritamente masculino, fechado para afetos e emoções.
“O Antônio, particularmente, ele é o homem que vive o fantasma, o tormento de se achar um homem abandonado. Alguém que foi abandonado pela mulher que ele diz amar e que ele não consegue lidar com essa situação. Ele não consegue lidar com seus sentimentos e suas frustrações e a partir disso acaba se tornando agressivo e violento”, comentou Daniel.
Diversidade do elenco
Daniel Porpino frisou que atores de diversas regiões do Brasil atuaram em “Oeste Outra Vez”. O elenco conta com artistas de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Manaus (AM), dentre outros.
“Estamos agora aqui no Festival Olhar do Norte e simultaneamente em Belo Horizonte. Então o filme está chegando agora ao público brasileiro e eu espero que ele chegue o mais brevemente possível ao circuito de cinema nacional. Que as pessoas possam usufruir dessa obra genuinamente brasileira”, concluiu Porpino.
Olhar do Norte
O Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte 2024 se destaca pela exibição de curtas e longas-metragens de diferentes gêneros e temáticas, incluindo a Mostra Olhinho, dedicada ao público infanto-juvenil, e a Mostra Olhar Panorâmico, que traz filmes como “Paranoia ou Mistificação” e “Festa de Pajés”, ambos do Amazonas.
Além da exibição de “Oeste Outra Vez”, acontece nesta sexta, 27, a premiação da sexta edição. Todos os filmes selecionados para a Mostra Amazônia concorrem ao prêmio de “Melhor Filme”, “Prêmio Especial do Júri”, “Melhor Direção”, “Melhor Atuação”, “Melhor Roteiro”, “Melhor Direção de Fotografia”, “Melhor Montagem”, “Melhor Direção de Arte”, “Melhor Som” e “Melhor Filme” pela escolha do público.
Nas mostras Outros Nortes e Olhar Panorâmico, a premiação é para “Melhor Filme”, “Menção Honrosa do Júri” e “Melhor Filme”, também pela escolha do público. O evento é uma realização da Artrupe Produções em parceria com o Cine Set, além de contar com apoio de secretarias municipais e estaduais e patrocínio de empresas privadas.