Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Professores da educação básica e universitária realizaram um ato público nesta quarta-feira, 15/10, Dia dos Professores, na Praça Heliodoro Balbi, no Centro Histórico de Manaus. No entanto, a manifestação esteve longe de ser apenas uma celebração a carreira do magistério.
Organizado pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Aspromsindical), o protesto cobrou o reajuste salarial dos professores da rede estadual; o arquivamento da Reforma da ManausPrev; além de denunciar assédio moral praticado contra profissionais em escolas públicas, como aponta o coordenador jurídico Lambert Melo.
“É a 14ª edição do ato Dia do Professor é Dia de Luta, porque nesse dia a gente está aproveitando pra denunciar pra sociedade todas as angústias que nós enfrentamos no nosso dia a dia, do nosso fazer pedagógico, da nossa carreira do magistério. As dificuldades que nós enfrentamos, e que a cada ano elas aumentam”, ressaltou o dirigente.

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Para a vice-presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Amazonas (Sinduea), Ceane Simões, o Dia do Professor é um dia de luta para toda a categoria de docentes do Brasil e em Manaus não poderia ser diferente, pois segundo ela, a presença dos profissionais da educação no ato é um dever ético.
“A gente vem passando por um processo de desprofissionalização docente, de achatamento dos nossos salários, da precarização das nossas condições de trabalho, isso não é aceitável. O professor que luta pelos seus direitos está lutando por toda a garantia de serviço público, sobretudo voltado à educação”, destacou a educadora.


Já o experiente professor Miguel Oliveira, com cerca de 30 anos de carreira na área, parabenizou os colegas professores pela data, ainda que não haja tanto para se celebrar. Ele aponta que um dos principais problemas tem sido a incapacidade dos governantes locais de dialogar com a categoria, que agora reivindica seus direitos.
“Não se respeita a categoria dos trabalhadores da educação, não se dialoga com os professores e as nossas datas-bases todas atrasadas. Pode-se dizer que é algo muito grave e isso reflete no resultado do Enem de 2024, então o governo tem uma dívida muito grande com a categoria. E o prefeito de Manaus também”, concluiu ele.
*Com colaboração de Diana Rodrigues











