Nayandra Oliveira – Rios de Notícias
AMAZONAS (AM) – As cidades de Manicoré, Apuí e Humaitá, localizadas na calha do rio Madeira, receberam entre os dias 21 e 23 de abril a antecipação da ajuda humanitária prevista para chegar até o dia 25. Os municípios enfrentam situação de emergência em razão da cheia dos rios na região.
As ações fazem parte da Operação Cheia 2025, que está sendo executada desde o dia 16 de abril para mitigar os impactos da subida dos rios no Amazonas. Foram distribuídos alimentos, água potável, caixas d’água e kits purificadores para cerca de 8 mil famílias, beneficiando aproximadamente 26 mil pessoas.
Em Manicoré, que foi o primeiro município atendido, a população recebeu 2 mil cestas básicas, somando 40 toneladas de alimentos, além de 9 mil copos de água potável, 100 caixas d’água e dois kits de purificação de água.
Na sequência, no dia 22, Apuí recebeu mais 40 toneladas de alimentos, 200 caixas d’água, 500 caixas de água potável e dois kits de purificadores, alcançando também 2 mil famílias em áreas afetadas pela enchente.
No dia 23, Humaitá foi o município com maior volume de ajuda: 4 mil cestas básicas, totalizando 80 toneladas de alimentos, 300 caixas d’água e 300 caixas com 9 mil copos de água potável, além de dois kits de purificação. A ação beneficiou 4 mil famílias.
Impacto da cheia
A cheia dos rios no Amazonas já afeta diretamente cerca de 29,6 mil famílias, o que corresponde a aproximadamente 118,4 mil pessoas em situação de vulnerabilidade. Segundo os decretos municipais, dos 62 municípios do estado, 10 estão em Situação de Emergência, 16 em Alerta e 36 em Atenção.
A previsão é que o pico da cheia ocorra entre os meses de março e julho, atingindo todas as nove calhas hidrográficas do estado.
Reforço na área da saúde
Nesta quinta-feira, 24/4, medicamentos e produtos para saúde foram enviados a sete municípios com decretos de emergência: Apuí, Boca do Acre, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Manicoré e Novo Aripuanã. A remessa inclui cerca de 100 itens, que irão reforçar os estoques das unidades de saúde locais durante o período de enchente.
Entre as iniciativas recentes na área da saúde, destaca-se a entrega de uma nova usina de oxigênio para o hospital de Manicoré, com capacidade de produzir 30 metros cúbicos por hora, substituindo o equipamento anterior de menor capacidade. Além disso, Apuí recebeu seis cilindros de oxigênio como suporte emergencial, além de medicamentos e insumos hospitalares.
Para monitorar os impactos das enchentes na saúde da população, foi criado um painel de bordo em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), que acompanha indicadores e principais agravos nos municípios afetados.
*Com informações da assessoria