Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após a repercussão das denúncias sobre o uso da força policial para interferir na política em Parintins, a candidata a vice-prefeita de Manaus, Professora Maria do Carmo (Novo), declarou nas redes sociais que considera isso “um grave ataque à democracia, acendendo a lanterna vermelha não só em Parintins, mas também em Manaus”.
Ela afirmou que, na capital amazonense, o deputado Roberto Cidade (União) é beneficiado pela estrutura do governo da mesma forma que no interior do estado.
“Vocês estão acompanhando esse escândalo em Parintins? O uso indevido das estruturas do governo do Estado, de forças policiais, opressão, corrupção, tudo para alterar o resultado das eleições naquele município, para mudar a vontade do povo? Um grave ataque à democracia que acende a lanterna vermelha não só em Parintins, mas aqui em Manaus”, disse a professora em um vídeo.
Maria do Carmo argumenta que Cidade utiliza essa mesma estrutura para se beneficiar nas eleições, mencionando recentes denúncias envolvendo seus familiares em contratos milionários com o governo do Amazonas. Ela também criticou a atuação do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), afirmando que ele não fiscalizou adequadamente os escândalos de corrupção da gestão de Wilson Lima (União).
“Afinal, quem é o candidato apoiado pelo governador Wilson Lima? Roberto Cidade, cuja família tem contratos milionários com o governo e que nunca se deu ao trabalho de fiscalizar os absurdos cometidos pelo governador. Não faltam denúncias de corrupção, como a compra de respiradores em loja de vinho durante a pandemia e o caos nos hospitais públicos, com pessoas morrendo nos corredores por falta de médicos e materiais”, afirmou Maria do Carmo.
Caso Parintins
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Um vídeo de nove minutos, captado no dia 3 de agosto deste ano, foi apresentado pela campanha de Mateus Assayag onde mostra membros da alta cúpula do Governo do Amazonas planejando ações, inclusive com o uso das forças policiais, para prejudicar as campanhas dos adversários políticos de Brena Dianná.
Nas imagens captadas pela câmera de monitoramento, o presidente da Cosama, Armando do Vale, secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, secretário da Casa Civil, Flávio Anthony, secretário de Administração, Fabrício Barbosa, o comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Parintins, tenente-coronel Francisco Magno Judss e um oficial da tropa de Choque, combinam a realização de uma série de ações.
De acordo com as gravações, uma das ações planejadas pelo grupo é a montagem de operações policiais empregando um contingente de 28 homens da tropa de choque para praticarem abordagens seletivas a pessoas partidárias do candidato Mateus Assayag.